ATA DA SEPTUAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
31-8-2011.
Aos trinta e um dias do mês de agosto do ano de dois
mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, DJ
Cassiá, Dr. Raul Torelly, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luiz Braz, Mauro
Pinheiro, Nilo Santos, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Toni Proença. Constatada a existência de
quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato,
Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Thiago Duarte,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo
de Souza, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mario Fraga,
Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas,
Professor Garcia, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados:
pelo vereador Airto Ferronato, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/11 (Processo nº
2032/11); pelo vereador Haroldo de Souza, os Projetos
de Lei do Legislativo nos 094 e 123/11 (Processos nos 2358 e 2849/11,
respectivamente); e pelo vereador Mauro Zacher, o Projeto de Lei do Legislativo nº 134/11 (Processo nº 3038/11). Ainda, foram
apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo: nº 044/11, de
autoria do vereador Beto Moesch, amanhã, no I Fórum de Debates Sindirepa-RS, em Porto Alegre; nº
070/11, de autoria do vereador Carlos Todeschini, no dia vinte e nove de agosto do corrente, na solenidade em homenagem
ao quinquagésimo aniversário da Campanha da Legalidade, às dezessete horas, no
Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini, em Porto Alegre; e nº 042/11,
de autoria do vereador Professor Garcia, amanhã, no Grande Expediente da
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul em homenagem ao Dia do
Profissional de Educação Física, às quatorze horas, no Plenário 20 de Setembro
do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Também, foi apregoado Requerimento de autoria
do vereador Carlos
Todeschini
(Processo nº 3091/11), deferido pela senhora Presidenta, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo, ontem e hoje, em
reunião da Bancada Gaúcha no Congresso Nacional, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constou o
Ofício nº 3534/11, do senhor Cristiano Viégas Centeno, Coordenador da Caixa
Econômica Federal. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da
Sexagésima Quarta, Sexagésima Quinta, Sexagésima Sexta e Sexagésima Sétima
Sessões Ordinárias e da Décima Terceira, Décima Quarta, Décima Quinta, Décima
Sexta, Décima Sétima e Décima Oitava Sessões Solenes. A seguir, a senhora
Presidenta informou que os trabalhos seriam suspensos para realização de
atividades que integram as comemorações relativas ao Dia do Profissional de
Educação Física. Às quatorze horas e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e vinte minutos. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Luiz Braz, Nilo Santos, este pelo Governo,
Reginaldo Pujol, Elias Vidal, Mauro Zacher, Airto Ferronato, Idenir Cecchim,
Aldacir José Oliboni e DJ Cassiá. Em TEMPO DE PRESIDENTE, pronunciou-se a
vereadora Sofia Cavedon. Às quinze horas e trinta e três minutos, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo vereador João Antonio Dib, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 015/11 (Processo nº
1668/11), por trinta e três votos SIM, em votação nominal solicitada pela
vereadora Sofia Cavedon, tendo votado os vereadores Adeli
Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ
Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria
Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir
Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir
Canal. Em
Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 037/11 (Processo nº 1353/11), por trinta e dois votos SIM, tendo votado os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu
Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr.
Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda
Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Pedro Ruas, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni
Proença e Waldir Canal. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Waldir
Canal, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da
Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 158/10 (Processo nº 3288/10), após ser discutido pelo vereador
Waldir Canal. Às quinze horas e quarenta e oito minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinquenta e três
minutos. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 030/10 (Processo nº 0790/10). Foram aprovadas as Emendas nos
01 e 02 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 030/10. Foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 30/10. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, de
autoria do vereador Aldacir José Oliboni, Vice-Líder da Bancada do PT, ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 119/10 (Processo nº 2597/10) e foi aprovado
Requerimento de autoria da vereadora Sofia Cavedon, solicitando que essa Emenda
fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão
Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 119/10
(Processo nº 2597/10), após ser discutido pelos vereadores Nelcir Tessaro,
Pedro Ruas, Aldacir José Oliboni, Fernanda Melchionna, Dr. Thiago Duarte, Maria
Celeste, Dr. Raul Torelly, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Toni Proença,
Sofia Cavedon e Elói Guimarães e encaminhado à votação pelos vereadores Nelcir
Tessaro, Engenheiro Comassetto e Dr. Raul Torelly. Foi aprovada a Emenda nº 01
aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 119/10. Foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 119/10. Após, por solicitação do vereador Professor
Garcia, foi efetuada verificação de quórum, constatando-se a existência do
mesmo. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº
006/11 (Processo nº 0825/11), o qual deixou de ser apreciado, em face de
Requerimento verbal formulado pelo vereador João Antonio Dib, solicitando sua
retirada da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão, aprovado após
ser encaminhado à votação pelo vereador Reginaldo Pujol. Na oportunidade, o
vereador Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, deferido pelo senhor
Presidente, solicitando informações atinentes ao teor das Emendas nos
01 e 02 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 006/11. Após, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pela vereadora Sofia Cavedon, solicitando a retirada
do Requerimento nº 059/11 (Processo nº 2767/11) da priorização para a Ordem do
Dia da presente Sessão, tendo a vereadora Sofia Cavedon afastado-se da presidência dos trabalhos
durante essa votação, nos termos do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 013/11 (Processo nº 1071/11),
o qual, após ser discutido pelos vereadores Engenheiro Comassetto e Luiz Braz,
teve suspensa sua discussão, em face da aprovação de Requerimento verbal
formulado pelo vereador João Antonio Dib, solicitando a retirada desse Projeto
da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Após, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo vereador Aldacir José Oliboni, solicitando a
retirada do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 003/10 (Processo nº
0814/10) da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 002/11 (Processo
nº 0293/11). Na oportunidade, o vereador João Antonio Dib formulou Requerimento
verbal, solicitando ingresso imediato no período de Discussão Preliminar de
Pauta. Às dezessete horas e quarenta e um minutos, a senhora Presidenta
declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram:
em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 100, 101, 120,
121 e 132/11; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 078/11,
discutido pelo vereador Adeli Sell, e o Projeto de Lei do Executivo nº 030/11.
Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 1146/11, do conselheiro Cezar Miola,
Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Ainda, o
vereador Alceu Brasinha formulou Requerimento verbal, deferido pela senhora
Presidenta, solicitando cópia do Ofício nº 1146/11, do conselheiro Cezar Miola.
Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do
Executivo nº 031/11, discutido pelos vereadores Adeli Sell, Toni Proença, Mauro
Pinheiro, Idenir Cecchim e Engenheiro Comassetto. Durante a Sessão, os vereadores
Alceu Brasinha, Dr. Thiago Duarte, João Antonio Dib, Mauro Pinheiro, Mario
Fraga, Paulinho Rubem Berta, Tarciso Flecha Negra, Dr. Raul Torelly, Nelcir
Tessaro, Luiz Braz, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Airto Ferronato, DJ Cassiá,
Fernanda Melchionna, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Professor Garcia e Adeli
Sell manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezoito horas e vinte e
oito minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária
de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora
Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cássia, Toni Proença e Adeli Sell secretariados
pelos vereadores Toni Proença e Adeli Sell. Do que foi lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e
pela senhora Presidenta.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Agradeço ao Ver. Adeli Sell a leitura das
proposições.
Passo a condução dos trabalhos à nossa Presidente,
Verª Sofia Cavedon.
(A Verª Sofia Cavedon assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Boa-tarde a todos e a todas. Hoje nós temos
prevista uma atividade com o Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região,
que faz parte das comemorações do Dia do Profissional de Educação Física. A
atividade será com os Professores Fátima Aparecida, Fernanda e Jean, que já se
encontram entre nós. Sejam bem-vindos.
Eu convido os Vereadores e os funcionários que se
encontram no plenário para fazermos essa atividade com os professores que,
gentilmente, estão aqui conosco.
Suspendo os trabalhos para a atividade física.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h08min.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h20min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.
O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e
senhores, esta Câmara foi atingida ontem por algumas acusações que não são
verdadeiras, e, por isso fiz questão de vir à tribuna em primeiro lugar, até
para ser rebatido depois.
Em primeiro lugar, eu
quero louvar a atitude da Mesa, que resolveu acatar a decisão do Tribunal de
Contas do nosso Estado, mesmo o Tribunal de Contas, Ver. Pedro Ruas, não tendo
competência para fazer o que fez - não é da sua alçada. Isso é do Tribunal de
Justiça, que poderia, realmente, dar aquela Cautelar para suspender o aumento.
O Tribunal de Contas do Estado é, na verdade, um órgão auxiliar e tem que ver
as nossas contas depois, quando prestadas. Mas eu não vou fazer comentários a
respeito do Tribunal de Contas.
Fiz um comentário
para uma jornalista a respeito de que eu cumpria o meu trabalho com
dificuldade, como realmente faço, e que poderia passar a ter uma certa folga a
partir daquele momento, mas saiu uma notícia no jornal que parece que eu vou
ser um cara folgado! Eu quero explicar uma coisa que eu acho que tem que ficar
bem claro para todo o mundo. Eu baseio o meu mandato em quatro eixos: a
comunicação; o evento Show do Quilo, de solidariedade; outro evento de
solidariedade, Um Dia de Solidariedade; e o Troféu de Solidariedade, que, em
setembro, será entregue.
É claro que, para
fazer eventos desse tipo, eu dou assistência
a várias instituições, o que vou continuar fazendo; por isso que eu despendo
mais. Ontem, eu ouvia o Ver. Pedro Ruas, a quem continuo admirando, fazendo
afirmações no sentido de que, se recebesse o aumento, daria para instituições.
Nós já ajudamos instituições, eu não preciso de aumento para ajudar a instituições,
vou continuar ajudando instituições, e espero, Ver. Pedro Ruas, que V. Exª
também venha a ajudar instituições, porque, afinal de contas, eu acho que nós,
que temos uma condição um pouco melhor, temos obrigação de fazer isso. Por isso
fiz aquela afirmação de que eu estaria fazendo o meu trabalho, até aqui, com
certa dificuldade, mas que, a partir daquele momento, não - seria com folga.
Aí, meu Deus do céu!
Ouvi todas as declarações durante o dia todo e respondi a muitas, através do e-mail, me considerando, talvez, uma
figura quase que marginal. Eu, que trabalho todos os dias, que venho a esta
Casa, que cumpro com minhas funções, e peço o testemunho de todos os Vereadores
e dos funcionários da Casa. Eu não enriqueci em 30 anos de Câmara Municipal! Eu
sou o mesmo, absolutamente igual e fui considerado praticamente um marginal
pelas declarações e por todas a ofensas que recebi o dia inteirinho ontem.
Respondi, mas não respondi, com toda a certeza, ofendendo absolutamente
ninguém. Procurei apenas defender a nossa posição, defender a posição da
Câmara, e acho que consegui passar, pelo menos para as pessoas que me conhecem,
aquilo que eu realmente gostaria de falar a todas elas.
Se o Vereador de
Porto Alegre ganha R$ 10.000,00 hoje, Ver. Pedro Ruas, é porque o nosso salário
é fruto de uma legislação que foi votada antes desta Legislatura, porque a
Constituição proíbe votações dentro da própria Legislatura. Nenhum Vereador no
Brasil aprova o seu próprio salário. Desmintam-me! Leiam a Constituição e me
desmintam! Nós não estávamos no gabinete da Presidência, aquele dia, votando
aumento de salário para nós, Vereadores. É mentira de quem afirmou isso!
Porque, afinal da contas, quem votou os 74,30% foi a Legislatura passada, em que eu estava, o Ver. Pedro Ruas estava, todos os Vereadores da
Legislatura passada estavam, e votamos os 74,30%, porque era a margem que nós
tínhamos. O que nós decidimos no gabinete da presidência foi o cumprimento da
lei. Só isso, porque a única lei que nós temos para amparar aquilo que nós
recebemos é aquela que a Legislatura passada votou para esta. Não fomos nós que
votamos o nosso aumento salarial. É mentira isso! Porque é uma Câmara que vota
para a outra; é uma Legislatura que vota para a outra. Assim diz a
Constituição. E é por isso, meu querido amigo Ver. Pedro Ruas, que eu respeito
muito, que nós estamos discutindo com o Tribunal de Contas do Estado e estamos
discutindo também aquela ADIn no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul,
porque, afinal de contas, se houve erro - e eu acho que houve erro -, a
população tem razão em estar indignada, mas não por nossa causa, e sim por
culpa dos Deputados Federais, que deram um aumento desmesurado; dos Deputados
Estaduais; dos membros do Tribunal de Contas, porque são 40 pessoas que ganham mais
de R$ 26 mil. E é verdade isso; é só ir lá para ver. Mais de 40 pessoas que
ganham R$ 26 mil no Tribunal de Contas! (Palmas.) E nós, aqui, simplesmente
estávamos seguindo aquilo que manda a Constituição e fomos punidos por isso. Só
por isso. (Pausa.) Srª Presidente, apenas para não cometer injustiça nenhuma.
Eu disse que o Ver. Pedro Ruas estava na Legislatura passada, e ele não estava.
Eu, realmente, afirmo isso.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): Está registrado. O Ver. Nilo Santos está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras;
senhores e senhoras que nos acompanham nesta tarde, quero dizer que,
infelizmente, o Sr. Pietroski esqueceu muito rápido que foi um parlamentar; ou
talvez ele desconheça o valor que ele tinha quando era um
parlamentar. Nós temos que partir de um princípio, senhoras e senhores, de que
cada pessoa tem que saber o seu valor, o valor do seu trabalho. Há pessoas,
Ver. Luiz Braz, que investem nas comunidades; há Vereadores que investem em
projetos sociais, e outros que, claro, recebem demais porque não investem em
nada, a não ser em si próprios. Eu mantenho um projeto social, eu invisto nas
comunidades. Para mim, claro que isso faz falta. Eu não desfruto do meu
dinheiro para mim e para minha família tão somente; eu invisto em trabalhos
sociais, talvez pelo fato de vir da vila, Ver. DJ Cassiá, Ver. Paulinho Rubem
Berta, Ver. Tarciso, Elias Vidal, Toni Proença e tantos outros, Ver. Haroldo,
Cecchim, porque quem investe em trabalho é claro que sente falta; quem não
investe claro que não vai sentir falta! Eu quero deixar registrado aqui para os
senhores que ontem escutei o programa Polêmica e fiquei abismado, Ver. Pedro
Ruas, quando o senhor convocou a população para tomar as ruas e as praças para
baterem em uma decisão dos seus colegas. Eu confesso que fiquei pasmo! O senhor
convocou a população para tomar as ruas e as praças, para não se acomodar, para
baixar o cacete nos seus colegas aqui! Eu fiquei abismado. Eu não fico tão
espantado com a decisão do Pietroski, mas partir dos nossos colegas um ataque
daqueles, Ver. Pedro Ruas... Para mim, isso foi deselegante da sua parte. Eu
confesso que foi assim que eu entendi. Era para criticar o contexto, mas o
assunto, naquele momento, era o nosso subsídio. Convocar? Para mim, aquilo foi
nada mais, nada menos do que uma propaganda extemporânea, nada mais, nada menos
do que isto, do que ocupar esse espaço usando os colegas para se promover
politicamente, eleitoralmente.
Isso é lamentável!
Como diz o nosso colega Haroldo de Souza: “profundamente lamentável”! Esse é o
tipo de situação que não pode ocorrer! Eu reconheço, defendo, sim, o aumento do
subsídio porque reconheço o valor desta Casa! Todas as leis da Cidade partem
daqui! Somos nós que organizamos a Cidade, somos nós que fiscalizamos! Faço
parte de um grupo de Vereadores que não têm hora para estar na vila: 11h da
noite, meia-noite, esteja chovendo, esteja frio, esteja quente, estamos lá no
meio da comunidade! Quando alguma comunidade é despejada, é para nós que eles
correm! Lá nós estamos! Não temos vida pessoal, estamos 24 horas à disposição!
Um trabalho exemplar de muitos de nossos colegas.
E jamais eu diria, publicamente, que a população deveria se movimentar, tomar as ruas, tomar as praças para criticar simplesmente um aumento de subsídio que traz o reconhecimento e fortalece as comunidades, também, porque este dinheiro é revertido para lá! Mas nós não chamamos nem coletiva, nunca chamei uma coletiva, Ver. Nelcir Tessaro, para dizer quais entidades que eu ajudo, quais comunidades que eu ajudo, porque isto nada mais é, para mim, do que um ato demagógico! Esse tipo de coisa não pode mais acontecer dentro desta Casa! Ou respeitamos os colegas ou, então, estamos no lugar errado, porque democracia tem limite! Democracia tem limite, democracia nada mais é do que sinônimo de respeito aos outros, respeito às políticas praticadas pelos outros! Não é sinônimo de crítica...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. NILO SANTOS: ...Fica aqui, sim, a
minha crítica, Vereadora-Presidente!
E ontem, quando a
senhora disse que, como Presidente, acatava a decisão, quero lhe dizer que a
senhora é Presidente de 36 Vereadores! A senhora não acata sozinha, a senhora
tem de ouvir os Vereadores para saber qual vai ser a posição da Câmara
Municipal! Não simplesmente dizer: eu acato. A senhora é Presidente de 36
Vereadores, a senhora não acata nada sem os 36 Vereadores decidirem! É assim
que funciona, Srª Presidente, um Parlamento democrático, principalmente com
Vereadores que sempre lhe deram apoio nesta Casa aqui.
E eu exijo, Srª
Presidente, que a senhora pague imediatamente os 12 servidores da Casa que
estão tomando um calote, têm direito a uma gratificação conquistada em 2004,
estão tomando um calote! Pague os servidores, Srª Presidente, por favor! E não
tome mais decisões sem consultar os seus colegas Vereadores, porque somos nós
que tocamos esta Casa junto com a senhora! A senhora é Presidente de todos, por
favor, Srª Presidente!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em 1972, quando me elegi Vereador pela
primeira vez, não pensei que um dia eu tivesse que vir a esta tribuna, Ver.
Dib, para fazer o pronunciamento que farei no dia de hoje.
Quero confessar que ontem, em determinados
momentos, cheguei a pôr em dúvida se tinha valido a pena eu ter sacrificado 40
anos da minha vida para me dedicar à vida pública. Da dúvida veio a certeza:
valeu a pena. Não fui omisso, e procurei, de todas as formas possíveis, cumprir
bem os mandatos que me foram outorgados.
Por isso, venho hoje, aqui, declarar
categoricamente que, se eu quisesse mudar de orientação, Ver. Sebastião Melo,
eu poderia dizer que eu não tenho nada a ver com tudo isso. Está um jogo de
empurra, cada um empurra a bola para um lado. E eu poderia dizer que eu não era
Vereador em 2008 e, por conseguinte, não votei a Lei que se quer ver declarada
inconstitucional. Eu não era eu Vereador! A Presidente era Vereadora. O Ver.
Sebastião Melo era Presidente da Casa. O Ver. Dib, obviamente, se encontrava na
Casa. Enfim, unanimemente, votaram uma Lei numa tarde em que, em não mais do
que em cinco minutos, votaram duas importantes leis nesta Casa. As duas por
unanimidade.
Eu não era da Mesa, ano passado, quando, sob a
competente Presidência do Vereador e querido amigo Nelcir Tessaro, com o apoio
de todos os integrantes da Mesa - Vereadores do PT, do PDT, do PPR, de todos os
Partidos -, editou-se a Resolução que se quer agora não seja respeitada, não
tenha valia, por ser acoimada de ilegal.
O mais grave, ou o
mais espetacular, é que na nova Resolução, editada na segunda-feira - veja, Dr.
Dib, que ironia -, não sei por que eu não assinei. Eu podia dizer: eu não tenho
mais nada a ver com isso, mas seria o cretino dos cretinos se assim o fizesse,
porque tenho a ver com tudo isso. Compareci a uma reunião em que os Líderes,
com exceção do PSOL, se solidarizaram com a Mesa da Casa pela decisão que
estava sendo tomada. Mas eu não assinei! Eu podia fazer como muitos outros,
publicar na Internet: “Olha, eu não assinei! Não tenho nada a ver com isso!”
Tenho a ver, sim! Só não tenho a ver, Vereadora-Presidente... E a minha vinda à
tribuna é muito mais para completar a afirmação que eu vou fazer do que para
justificar a minha coerência; eu não preciso, nesta Casa, dizer que sou homem
coerente, que honro a minha palavra, que cumpro com os meus compromissos. A
minha vinda à tribuna é para dizer o seguinte: que a minha solidariedade não
expressa com a assinatura, mas, confirmada desta tribuna, se esgotou no dia de
ontem, quando V. Exª declarou que não iria questionar a decisão do Tribunal de
Contas. Consequentemente não iria defender a Resolução que firmou juntamente
com os seus demais companheiros de Mesa e com a totalidade das Lideranças,
exceções feitas ao PSOL.
Então, por que eu
tenho que ser comprometido com alguém, Ver. Dib, que não vai defender o que
fez? Parece que se tem vergonha de dizer que se fez! Fizemos, sim, e fizemos
corretamente! Não assinei a Resolução? Não cabia assinar, mas fiquei solidário.
Eu não era Vereador na ocasião; se fosse, votaria com a proposta da Mesa então
presidida pelo Vereador...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: ...os mais pueris que possam
ocorrer. Quando eu ouço do próprio representante do Ministério Público de
Contas a expressão sábia, diga-se de passagem, cautelar até da sua parte, que
não discute o mérito nem a justiça do valor da remuneração, que quer discutir
teses jurídicas numa discussão que serve para enxovalhar todos nós, Ver. Pedro
Ruas, eu sei que V. Exª não aposta nisso; V. Exª tem condições pessoais de
se eleger Vereador sem necessidade da apelar para esse descrédito geral a que
querem levar uma Casa secular que só deu bons exemplos de dignidade pública. Eu
faço questão de afirmar: eu, que não assinei em outras situações, assinaria,
porque eram corretas. E nós não podemos recuar nessas posições, porque isso...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador, V. Exª já falou durante seis minutos.
(Pausa.) Já concedi ao Ver. Reginaldo Pujol seis minutos, eu tenho que conceder
a todos o mesmo tempo, como aconteceu com o Ver. Luiz Braz.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª Presidente, várias e várias vezes já vi pessoas que falam até dez
minutos, quando teriam cinco minutos. Quando é um Vereador desta Casa, um
cidadão, como o Ver. Reginaldo Pujol, V. Exª retira a palavra num minuto?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Brasinha, está registrado, mas o único que
falou dez minutos foi o próprio Ver. Reginaldo Pujol, esses dias, numa
homenagem nesta Casa, também com o tempo não amparado pelo Regimento.
O Ver. Elias Vidal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ELIAS
VIDAL: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; público que nos assiste pela televisão
e nesta Casa Legislativa, venho a esta tribuna para fazer algumas observações.
Primeiro, quando o nosso salário estava em torno de oito mil reais, o que
ninguém faz um cálculo, é que, tirando só o imposto de renda e o desconto
partidário, que é regimental, estatutário, nosso salário era de cinco mil e
poucos reais. É bom que quem está aqui, quem está nos ouvindo, quem está na
televisão vendo e escutando saiba que o nosso salário, sem considerar outros
descontos, porque, se considerar outros descontos, ficava em menos de cinco mil
reais. Eu não estou inventando, isso é matemática. Quando foi feita essa
reposição para 10 mil reais, fazendo o cálculo, ele ficou um pouquinho mais de
6 mil reais. Se os nossos salários fossem para os 14 mil e 800 reais, o salário
real, descontando os quase 30% de imposto de renda e outros descontos
obrigatórios - há Partidos que levam 10%; outros 5% -, ficaria um salário de 10
mil reais. Agora, o Tribunal de Contas, onde ganham 26 mil reais, para mim, não
tem moral para falar de um salário que, na realidade, é um salário de 10 mil
reais, mesmo que fosse para os 14 mil e 800 e poucos reais. Não tem moral!
Primeiro, porque o Tribunal de Contas se acovardou. O Tribunal de Contas, na
sua maioria, cruzou os braços, foi omisso, foi irresponsável, jogou esta Casa
na lama. Eu nunca vi, em três mandatos, uma condução tão desastrosa, minha
Presidente Sofia Cavedon, desta Casa como foi com V. Exª na presidência, não
vi! Porque ouvir o que nós estamos ouvindo, ler o que nós estamos lendo e vendo
pela televisão, como se fôssemos um bando de marginais, sem-vergonha,
ordinários... Eu não vejo o povo batendo à porta de Deputado Federal, não vejo
o povo batendo à porta da Assembleia Legislativa, não vejo batendo no Tribunal
de Contas; o que eu vejo são as Comissões de Saúde, de Educação, de Habitação,
aqui desta Casa, toda semana, lotadas. E o Ver. Pedro Ruas, que é Presidente,
há de concordar comigo que a Comissão da qual eu faço parte, a CUTHAB, da qual
fui Presidente no ano passado e de que hoje V. Exª é Presidente, há de
confirmar que, nessa Comissão, bem como nas outras, mas respondo pela nossa,
nós trabalhamos, e trabalhamos muito, muito! São pessoas que recebem ordem
judicial de despejo, como o Bosque - ontem, eu estava no DEMHAB defendendo,
lutando -, mães grávidas, com crianças de colo, ou amamentando no peito, com
ordem judicial. Ainda perguntei ontem lá onde iríamos colocar essas crianças,
esses nenês, essas mães?! Isso não é problema nosso! Onde? Na rua, debaixo da
ponte? Mas eu estava lá, defendendo uma posição deste Vereador e não estava
concordando com quem estava conduzindo, que, em outras palavras, não estava
preocupado para onde aquelas mães e crianças iriam. Então, não é na porta de
Deputado Estadual e Federal e nem do Tribunal de Contas. Esta Casa trabalha, e
trabalha, e trabalha muito. E aí ter que ouvir e ler aqueles e-mails, como se nós fôssemos um bando
de bandido, ladrão, vagabundo, sem-vergonha, ordinário? Eu trabalho! Se os
senhores não trabalham, e eu sei que trabalham, mas eu respondo agora por mim!
Os senhores sabem que eu trabalho na área de drogas, vocês me veem sempre
envolvido com a área social da Cidade, e não tem dinheiro público! Olhem as
minhas contas e vejam se o que eu faço tem dinheiro público, se não é dinheiro
do meu salário, se não é pagando contas do meu bolso. É só olhar, e eu abro as
minhas contas do banco. Eu estou há mais de dois ou três anos no cheque
especial e não consigo sair; eu estou há mais de dois ou três anos
renegociando, renegociando, e não consigo sair do vermelho. Então, eu ganho
tanto assim?
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)...
O SR. ELIAS
VIDAL: Para concluir: o Tribunal de Contas errou feio,
errou demais. No meu ponto de vista, foi irresponsável, já que são 40
Conselheiros ganhando 26 mil reais por mês. Alguns ali foram responsáveis, sim.
Agora, o que as pessoas têm que saber é que o placar foi de 2x1. O Grêmio não
ganhou de 2x1 no último Gre-Nal? O
que é que o juiz diz? O que diz o regulamento? Que o Grêmio ganhou e levou três
pontos, porque terminou 2x1 para o Grêmio. Na votação do Tribunal de Contas,
foram 2x1 a nosso favor; então, como
é que a gente é bandido, é errado nisso? Então, o Tribunal de Contas tem que
ter uma postura correta para o cargo que exerce e para a função para a qual
foram eleitos também. Obrigado. (Pausa.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Vereador...
O SR. ELIAS
VIDAL: Deixa eu só fazer uma correção, Presidente: os Conselheiros do Tribunal
de Contas foram indicados.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MAURO
ZACHER: Srª Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, confesso a vocês que hoje é uma tarde desafiadora para nós,
Vereadores. Eu escutei atentamente vários pronunciamentos, confesso que o Ver.
Pujol retirou de mim palavras que eu gostaria de dizer aqui. Ele, com seus 40
anos de vida pública, e eu, apenas no meu segundo mandato de Vereador, repensei
bastante sobre a nossa caminhada. Repensei porque eu acho que tudo isso
realmente provocou cada um de nós.
Ao mesmo tempo, o que está em xeque, para nós,
hoje, é esta Casa política. Ouvi vários Vereadores se justificando, e eles não
teriam a menor necessidade de aqui justificar seu compromisso com o trabalho e
com as bandeiras que carregam. O fato de estar aqui, entre os 36, já é o
suficiente para dizer que esse cidadão tem muito trabalho e muito compromisso.
Eu sei quantos já tentaram ocupar uma cadeira dessas. Quantos tentaram, por
muitas vezes, e chegaram só agora, Ver. Paulinho Rubem Berta, que tem um
trabalho reconhecido, importante na sua região? E eu poderia citar outros
tantos Vereadores. Então, não cabe, na tarde de hoje, virmos aqui justificar os
nossos mandatos. Eu aqui quero usar uma frase que o Ver. Melo usou quando fez
uma defesa muito importante a esta Instituição, porque nós todos sabíamos da
posição do Ver. Melo, desde o início, mas ele fez uma defesa muito mais do que
ao aumento - que não era isso -; fez uma defesa muito importante a esta Casa,
que já abrigou e abriga homens sérios e que foram decisivos para o crescimento
desta Cidade.
O que está em xeque hoje, Srª Presidente, Verª
Sofia, é esta Casa, que teve o rigor da legalidade, que acatou a decisão de V.
Exª, da Mesa, do entendimento dos Líderes e levou o questionamento ao Tribunal
de Contas, o que achei correto. Fomos induzidos ao erro e, agora, somos
expostos pelo Tribunal de Contas.
Ora, bastaria, lá atrás, nós, com os respaldos
jurídicos e constitucionais, conceder aquilo que é direito de nós, Vereadores:
os setenta e poucos por cento. Ora, fomos ao extremo; havia algum tipo de
questionamento, e o fizemos. Pois bem, infelizmente, Presidente, expusemos a
nossa Casa; nós a expusemos ao excesso e descontentamento de muitos em relação
aos andamentos da política.
Quero dizer, com a maior tranquilidade: acho que o
nosso encaminhamento, Srª Presidente, neste momento, não deve ser outro a não
ser o de acatar o que está decidido. Mas, que pena! Acho que, neste momento,
tem-se que fazer uma defesa essencial da nossa Casa, garantir que a Câmara de
Vereadores, que tem uma história com esta Cidade, que tem uma história de
grandes avanços em relação ao Legislativo, o que nos honra muito... Então, às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores que estão hoje
recebendo vários e-mails, recebendo
questionamentos dos cidadãos, que foram confundidos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. MAURO
ZACHER: ...Srª Presidente, e uma má compreensão. Não foi um ou dois e-mails que este Vereador recebeu
perguntando como os Vereadores se estariam concedendo esse aumento, se os
brigadianos estão em greve, ou boicotando, ou “fazendo corpo mole”; ou se a
Saúde estaria fazendo.
Quero dizer que esta Casa cumpriu... Foi induzida
ao erro. E, acima de tudo, somos uma Cidade que tem atendido com uma dedicação
muito especial os nossos servidores. Esta Casa reconheceu várias classes de
servidores do Município que têm uma média salarial muito acima de outras Capitais.
Temos o orgulho de ter um Plano de Carreira para os nossos professores...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. MAURO
ZACHER: ...Só para concluir, Srª Presidente: se nós tomamos
a posição que tomamos foi porque estávamos amparados juridicamente, estávamos
garantidos em relação à Constituição. E estamos pagando um preço porque fomos
induzidos ao erro. Pois bem, mas fizemos isso com responsabilidade, porque sabemos
que esta Cidade tem garantido, ao longo dos anos, com o apoio desta Casa, um
reconhecimento aos nossos servidores - e é importante que se diga isso.
É desta maneira que
eu concluo, dizendo da nossa indignação, mas, sobretudo, que nós estamos agora,
neste momento, falando em defesa da nossa Casa...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; senhores que estão conosco nesta tarde;
nossos telespectadores e radiouvintes, a Lei, minha Cara Presidente, que
definiu reajuste foi aprovada em 2008 e definiu segundo os parâmetros da
Constituição Federal. E eu não estava aqui! Portanto, nós não tomamos nenhuma definição, não aprovamos lei nenhuma, não dissemos quanto seria
o nosso reajuste. Definiram o nosso reajuste em 2008. Repito: 2008!
Eu nem ia
falar aqui, mas logo me inscrevi quando ouvi alguns Vereadores que me
antecederam, especialmente V. Exª, meu caro amigo Mauro Zacher - eu gostaria de
sua atenção. Nós não erramos, não fomos induzidos a erro, Ver. João Dib. Quem
errou foi o Tribunal de Contas, e que me perdoem os ilustres amigos que temos
naquele Tribunal. Na semana passada, eles decidiram que não tinham competência
para definir, Ver. Paulinho Rubem Berta, que está me dando a satisfação da
atenção. Ver. Pedro Ruas, eles disseram, com todo o respeito que me merecem,
que não tinham competência. Se não têm competência, que se aplique a Lei de
2008. Pois foi só a Câmara dizer que se aplicaria a Lei de 2008, na mesma hora,
um Conselheiro do Tribunal de Contas - um! -, que repetiu o voto anterior,
disse que não poderia. E aí? Deu para a história. Não, está errado! Não pode!
Ou tem competência ou não tem!
Ver. Pedro
Ruas, o Tribunal de Contas, salvo melhor juízo, com todo o respeito que me
merece, não tem competência para definir isso; quem define, finalmente, é a
Justiça. Posso estar enganado. Aliás, eu fui professor de brilhantes
funcionários e assessores lá do Tribunal de Contas, que não tem competência. Se
tem, Ver. Mauro Zacher, errou anteontem, ou acertou agora. Então, não fomos
induzidos a erro.
Minha
Vereadora-Presidente, com todo o respeito que V. Exª me merece... Aqui Ver.
Dib, nós não somos um bando de atrasados, somos homens sérios que dedicam a
vida à causa pública, com dignidade e muita seriedade. Nós não podemos...Tomamos uma decisão ontem, aplica-se a Lei. Agora,
não se recorre? Tem que recorrer para saber se aquela Lei é certa ou não.
Repito, para
concluir: a Lei é do ano de 2008. Se há de se aplicar ou não, o Tribunal de
Contas, para botar o bico agora, deveria ter botado quando, corretamente, a
nossa Presidente fez uma consulta; e eles disseram que não tinham competência -
isso faz cinco dias.
Portanto, sem entrar
no mérito, nós não estamos aí para dizer que isso é a salvação da nossa pátria.
Não dá para deixar, é impossível ouvirmos calados as bobagens que dizem por aí,
induzindo o cidadão e a cidadã de bem a nos encher de desaforo. A mim, eles não
atingem! Agora, não têm o direito; nem o Tribunal de Contas tem esse direito.
Se há competência, Ver. Melo... V. Exª foi um brilhante Presidente aqui, assim
como eu também fui, e brilhante! Nunca ninguém disse isso: brilhante! O que
acontece? Se tivesse que ter decidido, deveriam ter decidido na semana passada!
Nós não somos um bando de irresponsáveis e atrasados, Vereador. Nós estamos aí
para responder com dignidade, com muito trabalho e com competência, defender os
interesses do povo de Porto Alegre! Não estou constrangido com o que dizem, com
os e-mails que nos mandam, porque
estou aí, sei o que estou fazendo. Um abraço a todos. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, é
lamentável estarmos aqui albergando uma decisão que estava albergada no
Tribunal de Contas, estava arquivada. E este
Conselheiro que, aliás, indicou algumas pessoas que estão lotadas na Prefeitura
- como aquele que tem um nome russo e está lotado lá no DEMHAB -, como ele vai
cuidar das contas dos Vereadores se ele, até hoje, tem indicações na
Prefeitura? Eu não queria chegar nesse ponto, eu confesso que isto é
lamentável: o oportunismo do Tribunal de Contas.
Eu não falo do Ver.
Pedro Ruas, da Verª Fernanda Melchionna, porque eu não sou do PSOL, e o Partido
tem o direito de ter a atitude que achar certa; agora, do Tribunal de Contas,
eu posso discordar, sim! Eu posso discordar, porque não é possível. Esse
Conselheiro já havia dado voto, sem fundamento, como todos os votos; se
olharmos o que ele justificou na Cautelar, percebe-se que é de alguém que não
leu ou de quem tem poucas luzes para votar.
Eu quero dizer que
nós, Vereadores - e conheço cada um daqui -, merecemos o que ganhamos. Eu não
vejo um Vereador desonrar cada centavo que ganha da Prefeitura; todas as
Bancadas, todas, e todos os Vereadores, até aqueles que não concordam com o
aumento. Todos merecem o que estão ganhando! O que nós não merecemos, Srs.
Vereadores, é uma posição dúbia de quem nos comanda: da Srª Presidente. Posição
dúbia! Foi ela quem fez a consulta. Ontem, quando parecia que o fato estava
consumado, ela também não queria dar os aumentos. Ela disse que dinheiro
recebido, com votação por maioria, vale, mas, na mudança da Cautelar, ela já
mudou de ideia no site. Presidente,
V. Exª é Presidente de todos nós. Eu paro por aqui, porque eu estou me
policiando para não falar mais, não ter discussões com a Presidente, que se
esforça. É o jeito dela, e eu respeito.
Eu quero dizer que
não vai fazer diferença na minha vida esse aumento, ou não aumento. Eu vou continuar
trabalhando pela Cidade de Porto Alegre com a mesma força, e todos vão
continuar trabalhando com a mesma força e com a mesma devoção. Agora, ter que
responder para a Cidade, eu não tenho problema em responder sobre cada centavo
que eu ganho aqui ou fora daqui. O problema não está no nosso salário; o
problema está no dinheiro malgasto, nos altos salários dos outros Poderes
também.
Eu mereço ganhar, sim, senhores, e acho que todos
vocês merecem ganhar o que ganha um Juiz de Direito, o que ganha o Promotor, o
que ganha o Defensor Público, o que ganha o Delegado de Polícia, porque todos
nós temos responsabilidades, menor ou maior, mas temos. Nós temos obrigações e
nós as cumprimos.
Então, a população é enganada, é induzida a brigar
com quem? Com quem tem coragem de ir lá na casa das pessoas quatro em quatro
anos, e não os encastelados, os em final de carreira do Tribunal de Contas...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. IDENIR CECCHIM: ...prêmio de consolação para quem já foi julgado,
por ter ganhado voto albergando gente! É o mesmo Conselheiro que foi julgado
por trocar voto por albergue para aquelas pessoas que precisam, são doentes,
são necessitadas. Esse é o Conselheiro que nos condenou. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Srª Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras;
público que acompanha a Sessão no dia de hoje, creio que existem algumas frases
ou palavras que são muito importantes na vida do político ou de quem pretende
ser político. Acho que uma delas é a precaução, mas, se existem três coisas que
a população condena muito, são elas: a corrupção, que está em quase todos os
Partidos; o voto secreto - que foi um escândalo ontem no Congresso Nacional -;
e o poder de os políticos poderem mexer nos seus próprios salários - que não
foi o caso da Câmara de Vereadores. Se havia alguma dúvida - e a nossa
Presidente utilizou a palavra “precaução” -, foi no início deste ano, quando
encaminhou um pedido ao Tribunal de Contas, solicitando o que deveria fazer se
havia uma Lei dando esse direito de aumento aos Vereadores. Infelizmente, o
Tribunal de Contas demorou seis meses para dar esse retorno; mas, depois de
seis meses e um dia, virou a mesa! Depois de seis meses, ele disse que não era
sua atribuição; depois de seis meses e um dia, ele disse que era sua
atribuição. E o que a Presidente fará agora? Ela tem duas saídas: uma delas é
correr o risco de não serem aprovadas suas contas e se tornar inelegível; e a
outra a de concordar e encaminhar o recurso.
Eu tenho certeza - é apenas um questionamento que
faço como Vice-Líder da Bancada, porque o Líder, Mauro Pinheiro, não se
encontra neste momento - de que nós, como Bancada, estamos unidos na defesa da
ideia da precaução. Qualquer Vereador, tenho certeza absoluta, faria o que a
Presidente agora fez, porque, senão, possivelmente, todos nós teríamos que responder.
Se repassar o aumento, ela se torna inelegível, e não terá as contas aprovadas
- o que acontecerá com a fama da Câmara de Vereadores de Porto Alegre? Nós
estamos vivendo um momento muito difícil! Nós sabemos que a sociedade condena a
corrupção, o voto secreto e a autonomia que os políticos têm ao mexerem em seus
próprios salários, como o que houve, sim, no Congresso Nacional, e que, em
efeito cascata, acabou sendo transferido para as câmaras das Capitais, criando
a esperança de que aqui teríamos 74% de aumento, embora a Câmara tenha feito um
excelente acordo, lá no início do ano, dando os 20% da inflação.
Somos nós os culpados? Eu também acho que não,
porque nós já estávamos, de uma certa forma, satisfeitos com os 20%. Mas quem
deu a perspectiva de uma possibilidade maior foi o Tribunal de Contas.
Infelizmente, quem tem que se retratar com a sociedade é quem votou, lá em
cima, e quem, hoje, disse que não tinha condições ou essa autonomia e, no dia
seguinte, acabou fazendo. Creio que a nossa Presidenta, neste momento, tem que
tomar essa precaução da sua gestão, como faria qualquer Vereador que fosse
Presidente desta Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito que o Ver. DJ. Cassiá assuma a presidência
dos trabalhos, para que eu possa me manifestar em Tempo de Presidente.
(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Tempo de
Presidente.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver. DJ Cassiá. Eu agradeço a atenção de todos vocês, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. Acho que é um
momento bastante delicado o que vive a Casa do Povo, a Câmara de Vereadores. É
delicado não porque há uma lei questionada, na minha avaliação, mas porque nós
podemos e entendemos como vem evoluindo a discussão da legislação em relação
aos subsídios. Nos pareceres que o Tribunal de Contas - aos quais já vou me
referir - exarou no processo, há a data em que houve o entendimento do Pleno do
Tribunal sobre o problema da constitucionalidade, que é posterior à nossa Lei.
Então, nenhuma Vereadora e nenhum Vereador deve se sentir atingido, nem o
Presidente da época, nem quem ajudou a redigir, nem quem votou, achando que nós
votamos uma lei ilegal. Nós vimos acompanhando, todos nós sabemos a
controvérsia que há sobre essa questão da vinculação, que, por alguns, é
considerada legal e, por outros, ilegal. Este é um tema em debate - Ver. Elói,
que estuda muito o tema e sabe bem disso - que tem induzido ao erro de avaliação
por essa indefinição; tem induzido as Câmaras de Vereadores a um erro técnico legal. E, portanto, ontem, quando foi acolhida a Cautelar, além
de não caber recurso, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, achei
importante dizer que a Câmara acolhia a decisão do Tribunal de Contas. Mais que
isso: disse que achava importante, porque voltava ao Pleno para que ele,
finalmente, respondesse ao questionamento que nós, prudentemente, fizemos.
Durante todos esses meses, eu tenho questionado e criticado o Tribunal de Contas
por não dar parecer nítido, claro e orientar as Câmaras de Vereadores. Tanto
que a Cautelar não é apenas para a nossa Câmara; a Cautelar é para uma série de
Câmaras de Vereadores. Aliás, é gravíssimo, pois aplicaram a Lei desde
fevereiro, e elas poderão ter consequências bem mais graves; imagino que os
Municípios e munícipes devem estar em um debate, talvez não tão intenso como o
nosso, porque a nossa decisão em cumprir a Lei é recente, mas que questiona
inclusive a legitimidade dos legislativos.
Esse tema é que os
órgãos que julgam a execução das leis das nossas contas têm que ter maior
nitidez, têm que trabalhar preventivamente, como é e foi o discurso do último
Presidente. Essa é uma crítica que eu me somo a de Vossas Excelências. Nós,
juntos, tomamos a decisão de fazer a consulta. Ontem, a minha fala foi para
deixar claro que a Câmara não tinha nenhuma intenção de cometer ilegalidade.
Quero dizer, apesar
da discordância de V. Exas, que hoje é um dia exemplar: recebi
vários abraços e vários e-mails de
pessoas que nos criticaram muito fortemente, todos vocês sabem, dizendo que foi
muito correto esse acolhimento e que faz bem não a mim, mas aos Vereadores.
Hoje, uma funcionária municipal me abraçou dizendo que isso faz bem à Câmara, à
aposta que nós temos na Câmara e ao conjunto dos Vereadores. E achei que era
necessário fazê-lo ontem, porque, se a notícia sai só como uma rendição, e não
uma posição clara da Câmara, que nunca quis cometer ilegalidade, seria ruim
para a Câmara. Não havia tempo, pois foi no final da tarde, para reunir a Mesa
e as Lideranças.
Quero dizer que, ao
sermos instados pelo Pleno, é claro que nós nos manifestaremos; nos
manifestamos em todas as instâncias sobre o tema da legalidade. Estamos
respondendo a uma ADIn, lembrem, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras.
Quero dizer, portanto, que vou trabalhar uma outra
dimensão, que acho que é importante; é importante, porque todos nós, entre nós,
tomamos decisões políticas por maioria. E eu disse isso em todos os momentos,
acatei a decisão por maioria, mesmo considerando que seria um risco político
muito sério, e essa decisão por maioria, na minha avaliação, teve uma rejeição
muito importante na cidade de Porto Alegre, muito, não foi pequena, foi grave,
foi grande, a sociedade não aceita. Não é, Ver. Elias, não é, Vereadores que
aqui se manifestaram, o julgamento da nossa legitimidade, não é o julgamento da
nossa ação. Todos comparam com a realidade geral dos trabalhadores, a
comparação é essa, o tema é esse, é o montante, e todos ligam, obviamente, a um
contexto de desprestigio, de corrupção, etc., etc.
Então,
senhores e senhoras, todos nós temos responsabilidade não com as nossas
imagens, mas com a democracia e com a imagem do Parlamento. Portanto, tenho,
sobre a defesa do Parlamento, diferença de avaliação em relação a vários
Vereadores. A defesa do Parlamento, para mim, não é um tema de legalidade
apenas, é um tema de posicionamento político e de capacidade de escuta da
população e de sensibilidade aos apelos da população.
Então, senhores, eu queria dizer a V. Exas
que é nesse sentido, é no sentido da proteção do Parlamento que tenho agido.
Expus-me, junto com V. Exas, atendi a todos os meios de comunicação,
levei a responsabilidade muito fortemente. Um meio de comunicação editou,
inclusive de forma muito perversa, quatro perguntas que fez aqui no plenário,
me colocou rindo - um meio de comunicação importante. Todos nós assumimos
coletivamente. E eu disse que não concordava com a tese - não criticando, mas
não concordando - de devolução, porque toda lei votada por maioria é uma lei
que depois é cumprida por todos, porque, uma vez definido, o subsídio é de
todos. O que cada um faz com o seu subsídio é do seu foro íntimo. Isso, para
mim, continua nítido e claro.
Quero dizer para V. Exas que lamento se
não correspondo à expectativa de cada um dos Vereadores e de cada uma das
Vereadoras, mas a minha referência é de resposta à população que elege e que
tem expectativas em relação aos seus representantes, à Câmara e à democracia,
para que se avance nos direitos.
Então, Ver. Haroldo, que eu respeito e que espero
que me respeite, essa é a minha posição. E V. Exas sempre contarão
com o espaço democrático para decidirmos coletivamente, mas, fundamentalmente,
respeitando a sociedade, que é o cidadão, que é soberano, porque é dele que vem
o poder e é ele que, através de nós, o exerce.
(Não revisado pela oradora.)
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. DJ
CASSIÁ: Srª Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, olha, Ver. Nilo Santos, é lamentável, lamentável, Ver.
Tessaro, não haveria necessidade de um debate desses.
Eu concordo com V. Exª, Presidente: nós devemos
preservar a sociedade, em primeiro lugar. Eu sempre coloquei aqui que pertenço
a um Partido, tenho orgulho desse Partido, mas, antes do Partido, vem a
sociedade, e devemos, Presidente, como eu disse à senhora, preservar a imagem
desta Casa. Quando se preserva a imagem da Casa, se preserva o respeito de cada
um dos colegas.
Ver. Beto Moesch, eu nunca subi a esta tribuna,
nunca, Paulinho Rubem Berta, nem o senhor, para dizer qual é o custo das ações
sociais que o senhor faz dentro do seu bairro; eu nunca subi aqui para falar o
quanto eu gasto com o famoso Projeto Domingo Alegre! Nunca! Quero convidar
aqueles que têm para doar para me ajudar este mês. Vou abrir a minha lista
aqui. Vou abrir a minha lista e dizer onde vou estar este mês! Eu trouxe a
lista, e ela estava em meu bolso, mas não sei onde ela está! Mas eu me lembro.
Eu vou estar na Vila Elizabeth, na frente da AMVEP, às 14h, mas o evento começa
às 9h da manhã. Se alguém quiser colaborar, pelo amor de Deus, me ajude! Este
mês, Vereadora, estamos para arrecadar... Ah! A lista está aqui, obrigado.
Neste final de semana, eu vou estar na Vila Elisabeth; dia 9, eu vou estar no
Cruzeirinho, na Vila Cruzeiro; se quiserem me ajudar mais, dia 15, lá no
Caixeiros Viajantes, para a Escola Paulo Freire, para ajudar as crianças
deficientes a arrecadarem dinheiro para a sua formatura. Se quiserem me ajudar,
eu aceito que se engajem à causa. Se quiserem, em outubro, me ajudar, eu vou
estar lá na Nazaré, preparando o Natal da criança carente; e se quiserem me
ajudar em dezembro, tem o Natal da Pedreira, que muitos dos senhores conhecem!
Mas eu jamais, jamais, Ver. Nilo Santos, vou para a mídia, para onde for, Ver.
Tarciso, dizer que eu doo, que eu faço ou que eu aconteço. Não. Eu faço isso de
coração, Ver. Luciano Marcantônio. Eu jamais vou chamar a
mídia, eu jamais irei para o jornal! Eu recorro àqueles que podem me ajudar,
como várias vezes tenho recorrido ao Ver. Mario Manfro para ajudar, muitas
vezes, algum jovem ou alguma senhora sem um dente, que é o cartão de visitas de
quem precisa conseguir um emprego. Este ano, de novo, vou sugerir a ele ir ao
Domingo Alegre para dar atendimento dentário para aquelas pessoas, mas eu não
quero e não vou falar sobre isso aqui. Já falei um pouco, mas, se eu for falar
tudo, Ver. Elias Vidal, eu vou passar a noite toda aqui!
Para concluir, tem
muitos políticos que se seguram por meio da desgraça do povo. O dia que acabar
a desgraça do povo, acabam-se os políticos, porque muitos eu não vejo entrar na
vila! Eu não vi nenhum projeto, nesta Casa - e estou aqui há três anos -, que
viesse a beneficiar as vilas carentes de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h33min): Havendo quórum, passamos à
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Srª
Presidente, solicito a V. Exª que coloque à consideração do Plenário votarmos,
em primeiro lugar, dois títulos; um deles é uma homenagem póstuma ao Ver.
Ervino Besson, e precisa de quórum qualificado; o outro é um Título de Cidadão
proposto por este Vereador e que já tem data marcada para outorga.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Dib. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1668/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 015/11, de autoria do Ver. Dr. Thiago
Duarte, que concede o Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre, in memoriam, ao ex-Vereador Ervino
Besson.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 08-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PR nº 015/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PR nº
015/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
APROVADO por 33 votos SIM. Está
aprovado o Troféu Câmara de Porto Alegre em memória do Ver. Ervino Besson.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Uma singela
consideração, Presidente: quero agradecer a aprovação do Projeto a todos os
colegas. Certamente esse não é um troféu que apenas eu estou concedendo, mas
sim o conjunto da Câmara.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada,
Vereador.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1353/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 037/11, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Celito De Grandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 08-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 037/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação
nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 32 votos SIM.
O SR. WALDIR
CANAL (Requerimento): Srª Presidente,
solicito a inversão da ordem de discussão dos projetos, passando, de imediato,
ao PLL nº 158/10, denominando a Rua Agricultor Müller, tendo em vista que a
família está presente para acompanhar a votação.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Waldir Canal, que solicita que seja votado, de
imediato, o PLL nº 158/10. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3288/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 158/10, de autoria do
Ver. Waldir Canal, que denomina Rua Agricultor Müller o logradouro não
cadastrado conhecido como Rua Um – Beco do David –, localizado no Bairro Lomba
do Pinheiro.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM em 24-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 158/10.
(Pausa.) O Ver. Waldir Canal está com a palavra para discutir o PLL nº 158/10.
O SR. WALDIR
CANAL: Srª Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu apenas gostaria de fazer um relato. A denominação da via
pública, que nós iremos votar, de Agricultor Müller, no bairro Lomba do
Pinheiro, presta uma justa homenagem a Lauro Müller que, morador por mais de 60
anos do Beco do David, foi um visionário do progresso daquela região da Cidade,
cedendo parte das terras que possuía para dar passagem à rua em questão,
melhorando o acesso e valorizando outros imóveis nas proximidades. Também
merece registro a sua dedicada atuação na diretoria da Associação de Moradores
do bairro, no sentido de trazer várias melhorias para a comunidade local, a
exemplo de escolas e transporte coletivo. Além disso, eu não poderia deixar de
aludir à extensa lista de assinatura dos moradores, a qual comprova o
reconhecimento desta homenagem. Faço este registro, apenas, Ver. Reginaldo
Pujol e demais colegas, para deixar aqui estabelecido. A família está presente,
o Sr. Lauro Müller foi um visionário, todos aguardam por esta homenagem a esse
ilustre morador.
O Sr.
Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Vereador, quero cumprimentá-lo pela proposta e declaro publicamente a
nossa mais absoluta solidariedade com a justa homenagem que V. Exª está
prestando.
O SR. WALDIR
CANAL: Muito obrigado. Um abraço à família e a todos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Agricultor Müller é pai da nossa ex-colega,
funcionária Marieta Müller, que está presente nesta Sessão. Queremos acolhê-la,
já cumpriu o seu tempo na Casa, deu sua contribuição para esta Casa, e gostaria
de abraçar a família. Muito obrigada pela presença e parabéns.
Em votação o PLL nº 158/10. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Nós estamos recebendo os municipários aqui no
plenário. Boa-tarde, municipários da Saúde. São todos muito bem-vindos. Esta é
a Casa do Povo. Muitas vezes a Câmara recebeu aqui as reivindicações dos
municipários. Vejo que a Direção do Sindicato dos Municipários já conversa com
o Ver. João Antonio Dib, com o Ver. DJ Cassiá, com os Líderes de Bancadas.
Sugiro a cada Líder de Bancada que se desloque para uma conversa junto à Mesa.
Estamos na Ordem do Dia, votando projetos. Suspendo os trabalhos da Sessão para
fazer o atendimento aos municipários.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h48min.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h53min): Colegas municipários, com
certeza a Direção do Simpa já trouxe às Lideranças o último detalhe que falta
para encaminhar esta greve para um momento diferente, bom para a população, bom
para a Cidade e para todos os municipários. O Ver. João Antonio Dib comunica,
neste momento, qual encaminhamento daremos.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, senhores servidores
municipais, eu já me comprometi a, em nome da Câmara Municipal, tentar
intermediar a solução definitiva para que amanhã, às 9h, os municipários
encerrem a sua greve sem mais nenhum problema. Saúde e PAZ! (Palmas.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Dib.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Verª Sofia, nossa Presidente, quero pedir permissão para ir, em
representação, até a Prefeitura, pois o Prefeito Municipal, por intermédio do
Ver. João Antonio Dib, vai receber o Líder da Bancada do PT, que irá entregar
uma carta pedindo a ele - vou resumir a carta; há outros itens - a compensação
dos dias parados, sem desconto salarial. O Prefeito ficou de nos receber agora
às 16h. Vamos eu e o Presidente do Partido dos Trabalhadores, Ver. Adeli Sell,
já agendado com o Prefeito José Fortunati. Obrigado. (Palmas.)
O SR. MARIO
FRAGA: Presidente, Ver. Mauro Pinheiro, este Vereador, não falei com os demais
Vereadores, também gostaria de assinar essa carta. (Palmas.)
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Srª Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, todos os que nos assistem, a Bancada do PPS também gostaria de
assinar essa carta, em solidariedade ao movimento. (Palmas.)
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª Presidente, eu também gostaria de assinar essa carta, porque aqui
estão os verdadeiros trabalhadores da Saúde. (Palmas.)
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Srª Presidente, eu, Ver. Tarciso Flecha Negra, também gostaria de
assinar essa carta porque também estou com os trabalhadores. (Palmas.)
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Presidente, nós estamos sempre juntos nas boas lutas da Saúde, e, com
certeza, quem vai ganhar com isso é a população. E fazemos questão também de
assinar essa carta.
O SR. NELCIR
TESSARO: Srª Presidente, também queremos nos solidarizar com os municipários e
dizer que também estamos assinando a carta.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidente, eu quero dizer que nós, do PSDB, também vamos assinar a
carta, porque acreditamos que o pessoal da Saúde merece realmente o nosso
apoio.
O SR. ELIAS
VIDAL: Srª Presidente, este Vereador já foi funcionário do Pronto Socorro, na
área da Saúde, e sabe da luta e das necessidades. Eu vou votar junto com a
Saúde.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: Srª Presidente, em nome de todos Vereadores do PMDB, também é nosso
desejo assinar essa carta, e que haja empenho para que o problema seja
resolvido.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Srª Presidente, quero dizer que vou assinar também a carta, que já
havia sido solicitada na Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Parabéns, Ver.
Mario Fraga.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Srs. Vereadores, eu acho que falo com a simplicidade
que deve ser usada por um homem público. Eu fui claro, fui preciso, fui
conciso, eu falaria com o Prefeito em nome da Câmara Municipal. Não há por que
se preocupar com quem vai falar. Então vão todos lá falar, talvez seja mais
fácil. Nessa altura, eu fico preocupado. Ou eu falo em nome de todos ou não
falo. Se eu posso falar em nome de todos - e parece que foi essa a delegação que
me deram aqui - , eu vou falar; senão, não preciso falar.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Antonio Dib, vamos somar esforços. Vossa
Excelência fala em nome de todos, mas a carta está assinada por todos.
Só gostaria que V. Exª combinasse com o Líder do PT
e com os demais Líderes sobre esse encontro com o Prefeito, como é que fica,
porque ele não vai receber todos, é verdade. Ouço os demais Vereadores, porque
sei que esse apoio político pluripartidário será fundamental nessa hora, e é
isso o que os municipários querem. Ver. Airto Ferronato.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Só para registrar, em nome do PSB, que estamos juntos e assinaremos a
carta.
O SR. DJ
CASSIÁ: Srª Presidente, eu sou Vice-Líder do
Governo, sou Vice-Líder do Ver. João Antonio Dib. No momento em que ele faz o
encaminhamento, pega o microfone de apartes e se compromete, eu não preciso
assinar nada, porque ele me representa, ele representa o resto da base aliada.
Então, eu proponho que essa carta seja entregue pelo Líder do Governo nesta
Casa, o Ver. João Antonio Dib, que negociou com os funcionários. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª
Presidente, eu falo em nome do PSOL: em meu nome e em nome do Ver. Pedro Ruas.
Primeiro, cumprimento os trabalhadores da Saúde, que estão aqui conosco na
Câmara Municipal, e que estão fazendo um movimento importante pela Saúde em
Porto Alegre.
É importante que a
carta seja assinada por todos os Partidos, ainda que entregue pelo Líder do
Governo, porque mostra a sensibilidade da Câmara Municipal, em conjunto, para
que haja o pagamento integral dos salários dos trabalhadores, e a gente consiga
que sejam garantidos os direitos, que haja conquista, que os postos voltem a funcionar,
evidentemente, mas que os trabalhadores municipais da Saúde sejam respeitados.
Então, eu e o Ver.
Pedro Ruas, do PSOL, com certeza, assinaremos a carta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Paulinho Rubem Berta está com a palavra.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª
Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores e todos que nos assistem, nós temos aqui um professor chamado
João Antonio Dib, que, há 40 anos, sabe tudo desta Casa e desta Cidade. E a
tentativa da carta é de reforçar a autoridade dele. Por isso, Ver. DJ Cassiá,
quero concordar com o senhor no sentido de que a carta seja entregue pelo nosso
representante da Câmara de Vereadores, o Ver. João Antonio Dib, junto ao
Governo, em respeito a nós e em respeito a toda essa população. Que seja
mantido o que foi decidido aqui em favor dos funcionários da Saúde. Muito
obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
liderança dos municipários e municipárias aqui presentes, eu não pertenço à
base do Governo, sou independente. Isso não me impede que eu delegue ao Ver.
João Antonio Dib, que é Líder do Governo, a incumbência de nos representar na
oportunidade. Ver. João Dib, V. Exª é o nosso representante e tem toda a nossa
solidariedade.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra.
O SR. AIRTO FERRONATO: Minha cara
Presidente, só uma observação que acho importante fazer: vamos assinar a carta.
Agora, estamos aqui para assinar, e a carta, parece que não está aqui. Então,
depois, tragam a carta que a assinamos sem problema, até porque concordamos com
a postulação.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem,
Ver. Airto. Com reforço de todas as Bancadas, o Ver. Dib é o nosso mandatário
para levar esta posição de intermediação do último ponto de negociação que
findará, com certeza, a greve dos municipários, inaugurando um outro momento em
Porto Alegre. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente,
tendo em vista os pronunciamentos aqui havidos, estou me dirigindo agora à
Prefeitura e não preciso da carta. Acredito que a minha palavra será suficiente
para o Prefeito, já que todos os Vereadores pediram a mesma coisa.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem,
senhores municipários, o Ver. Dib está se deslocando para conversar com o
Prefeito Municipal. Testemunho aqui que, desde ontem, temos falado com vários
líderes da Casa, que têm tentado falar e têm falado com os Secretários e com o
Prefeito. Acredito que estamos chegando a um bom momento. Vamos juntar as
nossas energias. Ver. Dib, V. Exª está com representação para se deslocar até a
Prefeitura.
O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, em
meu nome, em nome do meu Partido e dos colegas Vereadores, peço que se ofereça
uma salva de palmas para esse povo maravilhoso da área da Saúde que está aqui.
(Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, estou
vendo que existe uma preocupação de alguns funcionários que querem reafirmar
que não são apenas os funcionários do Município de Porto Alegre. Há, por
exemplo, funcionários estaduais e federais, que também prestam serviço à Saúde
em Porto Alegre, estando, na verdade, na mesma situação, em greve por melhores
condições para atendimento da Saúde.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está
registrado. Com a compreensão dos funcionários, continuaremos com a votação dos
projetos, já que estamos na Ordem do Dia; inclusive já votamos três Projetos.
Enquanto isso, uma representação, liderada pelo Ver. Dib, desloca-se à
Prefeitura. Fiquem à vontade. Parabéns à direção do movimento. Boa sorte para
essa luta.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0790/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/10, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que determina a observância de procedimentos para o uso de
piscinas ao ar livre, públicas ou privadas, destinadas a adultos ou crianças e
fixadas em residências ou em condomínios, no Município de Porto Alegre. Com
Emendas nos 01 e 02.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do
Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Beto Moesch: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 18-05-11;
- adiada a discussão por
três Sessões.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 030/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 01
ao PLL nº 030/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda
nº 02 ao PLL nº 030/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.)
APROVADA.
Em votação o PLL nº 030/10. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Parabéns, Ver. Mauro Zacher, pela sua luta. Acho
que esse será um importante instrumento de controle de segurança,
principalmente para as nossas crianças, tanto nos espaços públicos quanto nos
privados.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2597/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 119/10, de autoria do
Ver. Nelcir Tessaro, que obriga os hospitais e as maternidades situados no
Município de Porto Alegre a prestarem assistência especial às parturientes em
cujos filhos recém-nascidos seja constatada deficiência ou patologia crônica
que impliquem tratamento continuado.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Nilo Santos: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Toni Proença: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM em 10-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 119/10.
(Pausa.) É importante, pelo menos, explicar o Projeto, Ver. Nelcir Tessaro.
Estamos com funcionários da Saúde aqui presentes.
O SR. NELCIR
TESSARO: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
quero apenas explicar um pouco o processo. Este Projeto é para crianças que
nascem com problemas congênitos. A Secretaria da Saúde fará uma carteira, como
se fosse um acompanhamento, e enviará a todos os postos de saúde. Quando essa
criança tiver necessidade de um atendimento, já terá o seu prontuário para
saber os problemas que teve quando nasceu. Isso é justamente para um
atendimento mais prático, mais fácil. É uma orientação que a Secretaria da
Saúde deve fazer para todas as crianças que nascem com algum problema de saúde.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Nelcir Tessaro. Esse é um tema que
nós discutimos no Projeto de Lei de
Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência. Muitas crianças nascem, e a mãe leva
para atendimento só por volta dos dois ou três anos, por falta dessa orientação
e desse encaminhamento imediato.
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir
o PLL nº 119/10.
O SR. PEDRO
RUAS: Ilustre Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores; eu tive
a oportunidade, Ver. Tessaro, de examinar o Projeto de autoria de V. Exª na
CUTHAB, quando nomeei Relator o Ver. Nilo Santos e votei favoravelmente ao
Relatório, que era, por si, favorável ao seu Projeto.
Eu entendo que esse Projeto, na esteira, como disse
a Presidente Sofia, de outros que têm natureza semelhante, é muito importante,
e cumprimento Vossa Excelência. Ele merece ser aprovado, porque esse tipo de
acompanhamento pode significar, em alguns casos, a diferença entre vida e morte;
em outros, a diferença entre possibilidade ou não de recuperação de alguma
deficiência; e, em muitos outros, a diminuição, com certeza, dos efeitos
perversos congênitos de algum tipo de moléstia, algum tipo de patologia. Então,
cumprimento V. Exª, Ver. Nelcir Tessaro, pela iniciativa e pela sensibilidade.
Ademais, Ver. Luiz Braz, que me dá a honra da
atenção, esse Projeto demonstra também o quanto estão certos os servidores da
Saúde na busca por melhores condições de preparo, de descanso, de conhecimento
e de salário, para atender à nossa população.
E deixo aqui, em meu nome e em nome da Verª
Fernanda Melchionna, portanto, do PSOL, o nosso abraço aos homens e às mulheres
que, na área da Saúde pública, exercem com dignidade, com altivez, a sua
profissão e ganham o seu pão de cada dia. Contem sempre conosco! Este é um tipo
de Projeto meritório, o do Ver. Tessaro, por exemplo, que nos dá a oportunidade
de manifestar o apoio a esse movimento, um apoio que, desde o início,
Presidente Sofia Cavedon - junto com V. Exª, por sinal -, tivemos a
oportunidade de colocar e não vimos, até o momento, a sensibilidade do
Executivo Municipal em relação a ele.
Hoje, inclusive, esta Câmara consegue, de uma
maneira eficaz e importante, que haja a representação do Ver. João Dib, Líder
do Governo, para sensibilizar o Executivo quanto ao movimento legítimo, justo,
e que não teve o olhar sereno, correto e adequado dele sobre as suas demandas.
Mas este momento de discussão de um projeto dessa natureza nos permite essa
reflexão.
Por isso ficam aqui, Ver. Tessaro, os nossos
cumprimentos, o compromisso de aprovarmos com V. Exª o Projeto, meu e da Verª
Fernanda Melchionna. E aos servidores da Saúde o nosso compromisso de que,
nesta e em todas as lutas futuras, estaremos com vocês! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para
discutir o PLL nº 119/10.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras;
público que nos acompanha, é uma grande alegria poder tê-los aqui e buscar o
entendimento sobre o fim da greve.
Esta é uma iniciativa muito brilhante do nobre
colega Ver. Tessaro, porque ele dialoga com a prevenção na área da Saúde. Nós
temos, há muitos anos, o Teste do Pezinho, que já nos dá um demonstrativo de
quantas doenças podem ser evitadas, uma vez constatado algum problema no
recém-nascido, no parto. Nós aprovamos, nesta Casa, dois outros projetos que
dialogam com o pacote do parto, inclusive de minha autoria, que é o Teste do
Olhinho e o Teste da Orelhinha. São dois outros exames importantes que dialogam
com a prevenção.
O Ver. Tessaro traz uma outra ideia, porque são
muitas as crianças que podem nascer com deficiência. E, fazendo esses testes,
elas terão a garantia de um atendimento continuado, eu até diria preferencial,
mas é um atendimento continuado para essa criança, para essa mãe ou, enfim,
para essa família.
É nesse sentido que eu queria me pronunciar
favoravelmente, porque com todos os projetos que dialogam com a área da Saúde,
da pessoa humana, nós temos que ter uma certa sensibilidade, para fazer com que
o mundo, no futuro, tenha menos pessoas com deficiência. É nesse sentido que
nós votaremos favoravelmente, nobre Presidente. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. DJ Cassiá reassume a Presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLL nº 119/10.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Vereadoras,
Vereadores; trabalhadores municipais, estaduais e federais, eu queria,
primeiro, encaminhar a posição do PSOL, minha e do Ver. Pedro Ruas,
evidentemente favorável a seu Projeto, Ver. Nelcir Tessaro. É um Projeto muito
interessante, que propõe o acompanhamento, pelo setor público, de qualquer
criança que, nos testes, logo depois do nascimento, mostre algum tipo de
deficiência, limitação, responsabilizando o setor público a acompanhar essas
crianças. É um Projeto meritório e merece a nossa aprovação.
Entretanto, quando falamos de atendimento em Saúde,
quando nós falamos do acompanhamento do setor público, quando nós falamos da
população que mais precisa, Ver. Pedro Ruas, de uma consulta, de uma cirurgia,
de um atendimento em uma especialidade, nós estamos falando dos trabalhadores e
trabalhadoras que estão lá na ponta atendendo de maneira corajosa e, muitas
vezes, com ausência de recursos, de remédios, de especialidades, inclusive de
médicos para fazer o atendimento daqueles que chegam aos postos de saúde da
nossa Capital. Uma das coisas que me chamaram muita atenção na greve valorosa e
necessária dos trabalhadores, justamente pela política de divisão das
categorias e pelo ataque a um direito conquistado em 2003, é a jornada de 30
horas, aliás, recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Não é só nós aqui
que estamos dizendo que se tem que respeitar a saúde do trabalhador. Aquelas
entidades que discutem o atendimento também falam que os que estão na ponta têm
que ter uma jornada compatível com essa tarefa. Uma das coisas que me chamaram
atenção nessa greve, nas visitas ao PACS e aos postos de saúde, foi que, muitas
vezes, Ver. Pedro, o trabalhador que está lá ponta, que é quem atende a
população, que é aquele que diz que não tem especialidade marcada para aquele
dia, que é aquele que diz que não tem remédio, que é aquele que está lá
atendendo a população, é, em geral, aquele ou aquela que ouve a reclamação, as
brigas e a própria insatisfação da população com aquilo que deveria ser assumido
como uma responsabilidade do Executivo e do Estado. E por que eu digo isso?
Porque nós votaremos favoravelmente ao Projeto, mas, para garantir que ele, de
fato, seja executado e que os trabalhadores e as trabalhadoras tenham condições
de fazer com que ele seja executado é necessário discutir a Saúde pública. É
necessário discutir a Emenda Constitucional nº 29 e os recursos necessários
para a implementação dos projetos na área da Saúde. É necessário discutir as
políticas desastrosas e lamentáveis no Brasil, inclusive em Porto Alegre, de
privatização da Saúde da Família, por exemplo. É necessário discutir os
investimentos da área da Saúde pública. É necessário que a gente discuta e
apoie uma greve necessária para o avanço da Saúde em Porto Alegre. Eu queria, com
isso, dizer para os trabalhadores e para as trabalhadoras que nós não temos
dúvidas de que todos os movimentos feitos foram necessários. Este Parlamento
teve a sensibilidade de enviar uma carta ao Prefeito, como sua obrigação,
porque não é aceitável o corte de pontos em pleno 2011! Não é aceitável que um
direito constitucional, garantido pela luta daqueles que derrotaram a ditadura
militar, seja ferido pela Prefeitura! Não é aceitável que se desconte qualquer
dia, à revelia de todos os trabalhadores da Saúde! Não é aceitável que aqueles
que estão na ponta para garantir o atendimento da Saúde sejam desrespeitados
dessa maneira, inclusive divididos, muitas vezes, como foi feita a votação do
Projeto dos médicos, que é meritório, no sentido de que nós defendemos a
redução da jornada, mas nós defendemos a redução da jornada para todas as
categorias profissionais: para os técnicos, para os auxiliares, para os
enfermeiros, para todos aqueles que estão atendendo à nossa população.
(Palmas.)
Então, eu queria saudar todos vocês, porque eu
tenho certeza de que esse movimento que foi feito foi pelo direito dos
trabalhadores, porque a saúde do trabalhador tem que estar em dia para atender
à saúde da população, mas que contribui muito para que a gente avance no atendimento
da população de Porto Alegre, da Saúde, para o atendimento de melhor qualidade
para os nossos porto-alegrenses. Assim como também quero elogiar as Bancadas...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.) (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr.
Thiago Duarte está com a palavra para discutir o PLL nº 119/10.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Ver. DJ Cassiá - que é o nosso
honroso Vice-Presidente desta Casa -, eu ia conceder o tempo à Verª Maria
Celeste, porque é sempre melhor primeiro as damas, ainda mais alguém com um
nome tão bonito quanto esse, que é o nome da minha filha, Maria. Eu ia lhe
conceder a anterioridade, mas, enfim...
Ver.
Tessaro, eu quero parabenizá-lo pelo Projeto, eu, que trabalho
na rede básica e num dos hospitais públicos de Porto Alegre, o Hospital
Presidente Vargas, porque o seu Projeto, efetivamente, é muito meritório, pois
faz com que os hospitais e as maternidades situados no Município de Porto
Alegre prestem assistência especial às parturientes em cujos filhos
recém-nascidos seja constatada alguma deficiência ou patologia crônica que
implique tratamento continuado.
Muitas vezes, nós
temos problemas no encaminhamento e, certamente, à medida que avançamos na
informatização, Ver. Oliboni - e tivemos ontem a exposição por parte dos órgãos
competentes, da PROCEMPA, da Secretaria da Saúde -, temos minorado esse
problema, mas devem ser uma preocupação do Vereador, do Legislador, essas
patologias crônicas.
A gente trabalha na
maternidade do HPV. Cito um exemplo: uma criança com o pé torto congênito, que
acabou tendo o mesmo nome que eu - Thiago. Agora ele fez um ano, e foi muito
difícil acompanhar essa patologia, uma vez que a Ortopedia é uma das
especialidades em que há um gargalo mais estreito na questão do encaminhamento.
Então, o saúdo. Quero
dizer que vou votar favoravelmente. Acho que toda a Bancada do PDT vai se
comportar dessa mesma forma, porque, efetivamente, é um Projeto muito
meritório.
E nem preciso dizer
que esse período para a gestante, o período do puerpério - e tem o puerpério
imediato, o puerpério tardio e o puerpério remoto -, que pode ocorrer até quase
um ano depois de ganhar seu filho - é muito difícil. É aí que ocorrem situações
de depressão puerperal; é nessa fase que, muitas vezes, ela acaba cometendo
algum desatino, e quando ela precisa muito do Poder Público quando seu filho
tem alguma patologia. Elas costumam dizer que, nesse período, podem ficar até
desnorteadas.
Então, acho que o seu
Projeto ajuda muito no sentido de realmente dar um direcionamento e para fazer
com que todas as maternidades não só do Município, não só o HPV, mas, sim,
todas as maternidades, Fêmina, Conceição, Santa Casa, Hospital de Clínicas,
tenham esse mesmo compromisso. Então quero, reiteradamente, parabenizá-lo.
Quero aproveitar este
momento para dizer a todos os servidores que estão aqui que este conjunto de
Vereadores tem se comportado dessa forma e ao lado de vocês. Quero dizer que
esta Casa, no primeiro ano, presidida pelo Ver. Sebastião Melo; no segundo ano,
presidida pelo Ver. Nelcir Tessaro; agora pela Verª Sofia Cavedon, e, no ano
que vem, presidida pelo PDT, certamente vai se comportar sempre da mesma forma,
recebendo os trabalhadores, principalmente porque esta é uma Casa democrática
que vive dessa diversidade.
Então, queremos
construir um caminho, e é importante que possamos construir esse caminho
adequadamente. Parabéns à luta de todos! Que possamos, a partir desse encontro
de situações, com o auxílio do Prefeito, chegar a um bom termo para podermos
retomar as atividades.
Quero, neste tempo
que me resta, dizer que me senti muito representado pelo ilustre Ver. Sebastião
Melo nas suas colocações ao longo desta semana na imprensa; um forte e
carinhoso abraço...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste
está com a palavra para discutir o PLL nº 119/10.
A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras; cumprimento
todos os trabalhadores da Saúde, trabalhadores que estão conosco, especialmente
a Direção do Sindicato, que tem, no último período, se dedicado muito a uma
abertura de diálogo e de negociação neste momento tão sério que vive a cidade
de Porto Alegre, sobre a greve legítima, reivindicada, trabalhada pelos
senhores e pelas senhoras.
Quero dizer, Ver.
Nelcir Tessaro, que é muito importante o seu Projeto, um Projeto que pensa e
lembra de todas as crianças recém-nascidas que têm uma patologia, uma deficiência
crônica e que, necessariamente, vão precisar, ao longo da sua vida, de um
tratamento continuado. Ele traz essa discussão de algo que já é feito, talvez
sem um programa específico, sem um projeto específico, porque cada
trabalhador, cada trabalhadora que está lá, no cotidiano, especialmente na
maternidade, já tem o feeling, a
percepção, a sensibilidade de ver crianças recém-nascidas com problemas, com
dificuldades, com deficiências e que precisam imediatamente de um tratamento,
muitas vezes para conter a doença ou retardá-la o máximo possível. Falo
especialmente de doenças que são crônicas, neurológicas e que poderiam, com um
simples teste, como o Teste do Pezinho, produzir o tratamento necessário.
Mas quero dizer também que são os trabalhadores que
estão aqui - enfermeiros, auxiliares, técnicos -, que estão no dia a dia nas
maternidades, nos hospitais, nas emergências, nas urgências, que detectam os
problemas e que precisam cada vez mais ser valorizados.
Ao trazer e ao traduzir este Projeto na Câmara
Municipal, que, com certeza, será aprovado hoje, nós queremos também dizer que
este Projeto é importante, mas o mais importante é a valorização do trabalhador
na área da Saúde do Município de Porto Alegre. Mais importante é conseguirmos
resgatar o diálogo e a intervenção necessários neste momento de greve, para que
possamos construir no Município a isonomia necessária aos trabalhadores da
Saúde. (Palmas.)
Esta Casa já ofertou, através de um Projeto de Lei,
a questão dos médicos, a questão da redução da carga horária sem nenhuma perda
salarial. Nós precisamos avançar, precisamos estender essa isonomia e esse
benefício a todos os trabalhadores e trabalhadoras da Saúde. (Palmas.) Por
isso, o movimento dos senhores e das senhoras, já de alguns dias, mas especialmente
hoje, é muito importante. E quero dizer que me sinto muito representada pelo
Ver. João Antonio Dib na interlocução, na mediação dessa negociação junto ao
Prefeito Municipal. Esperamos que ele nos traga boas notícias da retomada do
diálogo, da negociação e, quem sabe, da tão esperada compensação das horas que
os senhores e as senhoras querem neste momento.
Portanto, contem com o apoio da Bancada do PT,
contem com o nosso apoio. E vamos, juntos, solidários nessa luta, manter e
reabrir o diálogo necessário para a negociação. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para discutir o PLL nº 119/10.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Verª Presidente,
Sofia Cavedon; Vereadores, Vereadoras; todos que nos assistem; de uma forma
muito especial, a todos que militam na Saúde da nossa Cidade, que estão aqui,
hoje, representados por um grande número de funcionários, eu queria, num
primeiro momento, dizer que realmente as causas da Saúde são as que sempre me
motivaram e me trouxeram aqui para esta Casa.
Este Projeto do nosso
nobre colega Ver. Nelcir Tessaro é mais um entre os tantos que vêm procurando
qualificar a Saúde pública da nossa Cidade, mas que também venha a dar guarida
às maternidades não públicas. É muito importante que quem debate, quem luta
pela questão da família e do planejamento familiar - como tenho feito ao longo
de tantos anos, com algumas vitórias, sinto-me à vontade para comentar -,
analise essa questão da maternidade. Coloquem-se no lugar de uma mãe que tem um
filho com problemas graves, ou de uma parturiente com problemas. É óbvio que
precisam de atendimento especial. Então, mais que necessário, é uma obrigação,
e acredito que, de uma maneira ou de outra, já está sendo feito nos hospitais,
mas este Projeto vem qualificar e dar um direcionamento nesse sentido.
Eu também queria
dizer que, há 30 anos ou mais, estou trabalho na saúde básica da Cidade,
atendendo às populações mais pobres, e talvez já tenha trabalhado em mais de 15
Unidades de Saúde; então, conheço os muitos que trabalharam nessa mesma área.
Eu sou médico, mas há toda a equipe com que trabalhamos, e, realmente, tem que
haver uma parceria, um fechamento de interesses para que haja um bom
atendimento à população. Então, estamos buscando contribuir para que realmente
a Saúde pública avance no sentido de termos as pessoas em seus locais de
trabalho, trabalhando como sempre trabalharam, mas sem a necessidade de
qualquer tipo de conchavo ou de normativa, mas de uma forma digna, presente, como sempre
estivemos e como sempre estaremos.
Acredito que esta questão hoje posta pela greve da
área da Saúde vem num momento de ajuste, e esse ajuste passa por um plano de
carreira importante, que já está sendo proposto num período breve, para que
haja, realmente, um fechamento do quadro da Saúde, e que nesse sentido se
avance realmente na questão da regulamentação das 30h de trabalho, que é
fundamental. Sabemos que tantas e tantas pessoas, não apenas os médicos, têm
mais de um emprego para tentarem sobreviver com os salários que são pagos na
área da Saúde. É necessário que tenhamos esse entendimento e esse conhecimento.
E, nesse sentido, temos de trabalhar.
Então, é com satisfação que dou um aparte ao nobre
colega Mario Manfro, que também é um grande lutador, especialmente na área da
Odontologia, e que participa conosco na Comissão de Saúde e Meio Ambiente da
nossa Casa.
O Sr. Mario
Manfro: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo
aparte, Ver. Dr. Raul. Eu quero justamente fazer, a bem da verdade, uma
saudação à COSMAM e a todos os seus membros, porque estiveram integrados nesta
luta, e fazer uma homenagem a todos os grevistas. Quero dizer que a
palavra-chave é “isonomia”, mas eu acho que nós não podemos esquecer - e uma
saudação especial, também, aos valorosos funcionários, porque, enquanto uns
ficaram em greve legítima, trabalhando e pressionando o Executivo; outros
ficaram atendendo; as duas partes são importantes. Nós já saudamos os
grevistas. Acho que temos de saudar aqueles que ficaram nos postos de saúde,
nos hospitais, trabalhando também. Obrigado.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: E o importante também, Ver. Manfro, é que nós reconheçamos que a
sociedade é que vai ganhar no final desse processo todo, com a qualificação do
atendimento. Saúde para todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para
discutir o PLL nº 119/10.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; profissionais da Saúde, aqui
presentes, e aqueles que não estão também, como a grande maioria me conhece,
sou da periferia de Porto Alegre. Há 30 anos, luto comunitariamente nas vilas,
nos bairros desta Cidade, principalmente pela saúde e pela valorização da
saúde, e quando assim faço, estou dizendo, em outras palavras, que quero que a
minha família tenha saúde. Para que a minha família tenha saúde, é preciso que
haja profissionais qualificados, capacitados, dedicados, para que, no posto de
saúde, a minha família seja bem-atendida. Isso é uma verdade. E, para que isso
aconteça, esse profissional precisa perceber o correto, aquilo que lhe
possibilite cada vez mais se qualificar.
Esta greve é legítima e tem o nosso apoio, da
Bancada do PPS - dos Vereadores. Toni Proença e Elias Vidal -, e estaremos
juntos nessa luta, esperando que o Ver. Dib nos traga a notícia que estamos
aguardando com tanta ansiedade, porque temos certeza da sensibilidade do
Prefeito.
Mas quero aproveitar este momento em que estão aqui
os profissionais da Saúde para dizer o seguinte: venho de uma comunidade
chamada Rubem Berta - e quero saudar todos, em especial o pessoal do Rubem
Berta -, que tem 40 mil pessoas, e um posto lá nem teria condições físicas para
atender todo esse pessoal. E o não atendimento de todas essas pessoas recai
sobre os profissionais que estão lá atendendo, que são xingados, muitas vezes
mal-entendidos, mal-interpretados.
Por isso, lutamos, e digo “nós”, porque tem a
participação de todos os Vereadores e das lideranças comunitárias daquela
região, para que sejam construídas novas unidades lá. E todos aqui sabem que
está sendo construída uma unidade na Rua Domênico Feoli, que vai desafogar a
Unidade Rubem Berta; outra será construída na Rua Professor Augusto Osvaldo
Thiesen, desafogando a Unidade Rubem Berta; outra será construída na São
Cristóvão.
Eu quero pedir, em nome da população, desculpas
pelo mau comportamento de alguns que se posicionam, culpando o funcionário da
Saúde, o técnico da Saúde, pelo pouco atendimento, pelo atendimento precário.
Quero dizer que, em breve, isso vai acabar.
Quero dizer que este Vereador apoia totalmente o
movimento, estará junto nessa luta e continuará batalhando por melhores
condições parra esses profissionais. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLL nº 119/10.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Cara Presidente, Sras Vereadoras,
Srs, Vereadores, a nossa vinda à tribuna para a discussão dessa matéria é no
sentido de reafirmar posições, especialmente na medida em que já ouvimos aqui
três manifestações que, para nós, são basilares: do Ver. Thiago, do Ver. Raul e
do ilustre Ver. Manfro, do PSDB; três atuantes colegas nossos na área da Saúde
e aos quais, explicitamente, eu tenho, ao longo do tempo, delegado a
competência de um exame prévio das matérias que por aqui tramitam e que,
evidentemente, não podem, por mim, ser acompanhadas nas suas simultaneidades.
São pessoas criteriosas e que merecem, evidentemente, esse deferimento da nossa
parte, e não nos têm frustrado com as suas opiniões, às vezes polêmicas entre
si, o que nos permite, inclusive, nos aprofundar sobre o assunto.
Mas, parece-me - e eu não quero me alongar em
demasia, já que nós estamos adiantados no debate - que essa matéria se
caracteriza por uma simplicidade objetiva e por uma sensibilidade muito aguda
do Ver. Nelcir Tessaro, que resolveu colocar na Lei, utilizando a competência
legislativa concorrente dos Municípios na matéria, determinações que deveriam,
inclusive, ser espontaneamente assumidas, mas que não o são, que é a de
transferir às mães, aos recém-nascidos, instruções adequadas nesses casos que
são elencados e quem evidentemente, devem merecer a mais ampla atenção da parte
de todos os hospitais que têm esses acontecimentos, Ver. Tarciso, quer sejam
eles públicos, quer sejam privados, porque públicos ou privados, eles têm uma
fiscalização da área do Município.
É claro que, a presença, aqui, de inúmeros
integrantes da área da Saúde, dos servidores municipais, leva, naturalmente, as pessoas a saírem um pouco, ou totalmente do assunto, ora para se
solidarizar com a missão que nos traz aqui, a greve que estão realizando; ora
na expectativa do sucesso que os contatos que o Ver. João Dib foi coordenar
possa ter produzido.
Tenho a mais absoluta
certeza de que o objetivo principal do chamamento e da intervenção da Liderança
do Governo na Casa - Governo de cuja base sou independente - já deve ter
começado a produzir seus resultados. Obviamente o primeiro e fundamental que
necessariamente teria de acontecer seria a retomada do diálogo, do diálogo
verdadeiro, com o sentido de aproximar as partes para a equação e a superação
dos obstáculos que possam estar existindo, tendo em vista a busca do
entendimento.
Por isso, não fugindo
do assunto, reafirmo o que já havia apresentado ao propositor da matéria: o
nosso compromisso com o voto, que espero que ocorra com imediatez. Muito
obrigado, Srª Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para fazer um comunicado.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente; Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras; minhas senhoras e meus senhores; servidores
municipais que aqui se encontram, fui lá, conversei com S. Exª, o Sr. Prefeito
Municipal, e expus o posicionamento de todos os Vereadores. O Ver. Adeli Sell e
o Ver. Mauro Pinheiro ainda estão lá com Prefeito, entregando a carta - eu
havia dito que não haveria necessidade de carta, já que eu falava em nome da
Câmara Municipal -, e a decisão do Prefeito é irredutível, ele não volta atrás,
não vai abonar as faltas.
No entanto, como
sindicalista que é, ele também tem uma preocupação com os servidores municipais
e com o futuro das suas fichas funcionais. E ele se propõe a encaminhar,
encerrada a greve, um projeto de lei fazendo com que, na ficha funcional dos
servidores, não conste essa falta. Portanto, se alguém tem direito à
Licença-Prêmio, ela não será interrompida por falta em razão de uma greve.
(Manifestações nas galerias.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu peço aos municipários que compreendam, nós vamos
seguir os trabalhos, nós estamos no meio da votação de um Projeto. Terminando a
Ordem do Dia, poderemos receber um conjunto de municipários, se assim
entenderem as Lideranças, no Salão Nobre, para pensarmos se temos outras
estratégias. Peço à Carmem e ao Mário que compreendam, pois temos que terminar
algumas votações e receberemos vocês no Salão Nobre para avaliar, junto com o
movimento, se a Câmara pode tomar algumas outras iniciativas. Agradeço, de toda
a maneira, Ver. João Antonio Dib. Há avanço no retorno que ele traz, apesar de
não ser a expectativa do conjunto dos funcionários. Nós, em seguida, vamos
conversar com vocês, inclusive esta Presidente. Apenas gostaria de poder
encaminhar, pelo menos, mais esta matéria. Gostaria de pedir a compreensão de
vocês.
O Ver. Toni Proença está com a palavra para
discutir o PLL nº 119/10.
O SR. TONI PROENÇA:
Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores; senhoras e senhores; funcionários e servidores da Saúde que
hoje estão aqui reivindicando esta última demanda da categoria nessa luta pela
compensação dos dias parados, se bem entendi, era essa a proposta. Embora tenha
o nosso Ver. João Antonio Dib trazido esta resposta, não esgota aí a
possibilidade de negociação, de tentativa de continuarmos lutando, discutindo e
debatendo para chegar a um bom termo. Venho a esta tribuna para elogiar o
Projeto de iniciativa do Ver. Nelcir Tessaro, oportuno, e que, na verdade,
atualiza a legislação de Porto Alegre. Uma das tarefas desta Casa e de nossos
mandatos é justamente atualizar e adequar a legislação aos tempos em que
vivemos. As legislações, como tudo, vão se tornando inócuas e inadequadas aos
novos tempos. Quero cumprimentá-lo pela iniciativa, pelo Projeto, e, na
verdade, a minha manifestação não seria da tribuna, seria direto no painel,
votando favoravelmente ao seu Projeto. No entanto, a Verª Sofia nos alertou da
possibilidade de construirmos uma emenda que viesse ainda a aprimorar o já tão
bom Projeto de V. Exª, na qual eu me filio - e acho que outros Vereadores podem
se filiar a ela -, sugerindo que, detectado o mal congênito ou a deficiência,
essa criança já seja encaminhada para a primeira consulta na rede básica e dali
continue o acompanhamento sugerido pela sua lei. Então, eu acho que isso
aprimora o Projeto, e por isto vim à tribuna: para que o tempo necessário para
a redação da Emenda fosse obtido e para, já que a aprovação da lei assegura a
aprovação do Projeto, nós termos a lei o mais adequada e o mais abrangente
possível.
Não tenho dúvidas, pelas manifestações que vimos
aqui, enquanto os servidores da Saúde estavam nas galerias, de que o Projeto é
bem-vindo não só nesta Casa, pelos Vereadores, mas também pelos trabalhadores
da Saúde de Porto Alegre, que entenderam e aplaudiram a iniciativa do Projeto.
Portanto, fica aqui, Ver. Nelcir Tessaro, o
registro do meu apoio ao seu Projeto e também o meu apoio - e peço o apoio de
todos - à Emenda proposta pela Verª Sofia, que aprimora o Projeto, e ela
certamente terá oportunidade de explicá-la melhor. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo a Emenda nº 01, de autoria desta Presidência, ao PLL nº 119/10. Informo que
esta Emenda está assinada pelo Ver. Aldacir Oliboni, como Líder do PT, pelo
Ver. Dr. Thiago Duarte, que deu uma excelente contribuição neste momento, e
pelo Ver. Toni Proença, que está contribuindo com o processo.
Apregoo
Requerimento solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01, de autoria desta
Presidência, ao PLL nº 119/10, à apreciação das Comissões, para Parecer. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLL nº 119/10.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
quero pedir licença, Ver. Nelcir Tessaro, para fazer uma contribuição. Como eu
comentava no início, quando o estimulei a falar e a abrir o tema, este tema é
muito importante, extremamente importante. Na verdade, a própria Kinder esteve
procurando esta Casa, dizendo que teria a maior disponibilidade para receber os
bebês a partir do diagnóstico feito no hospital, mas que precisaria de uma
contrapartida: se for necessária uma intervenção cirúrgica, a partir de um
diagnóstico precoce, que possa encaminhar essa criança - atender e encaminhar.
A Kinder nos contava que, mesmo que o hospital
tenha identificado e avisado o pai e a mãe, às vezes a família vai embora e, na
loucurada da vida, deixa a criança crescer, e, quando ela está com dois anos,
os pais se dão conta de que a criança não fala, não anda, aí já é bastante
tarde para um procedimento que poderia evitar o agravamento da saúde e,
inclusive, para estabelecer uma nova qualidade de vida e autonomia para a
pessoa que nasce com deficiência.
Eu queria explicar aos nobres Pares que o Ver.
Nelcir Tessaro prevê dois instrumentos nesse sentido, que consistem em
fornecer, por escrito, à parturiente ou a quem a represente: item I -
informações sobre os cuidados especiais a serem tomados com o recém-nascido
relativos à sua deficiência ou patologia; item II - listagem de instituições
especializadas na assistência à pessoa com deficiência ou com patologia
específica, públicas ou conveniadas. E eu estou sugerindo, junto com vários
Vereadores, um terceiro item, onde a assistente social já encaminharia a uma
primeira consulta na rede de atenção básica especializada - corrigiu-me e
complementou o Ver. Dr. Thiago Duarte, doutor especializado no tema -, para que
a criança já saia do hospital com a agenda de um especialista marcada, Ver.
Nelcir Tessaro, porque aí a família já pode fazer a primeira consulta e
desencadear o processo para que aconteça o diagnóstico precoce. O hospital não
vai fazer o diagnóstico específico, completo, e, sem nenhum diagnóstico, é
difícil, é impossível iniciar um tratamento ou as ações terapêuticas
necessárias, seja a fisioterapia, seja a estimulação precoce, mesmo a correção
física, a intervenção cirúrgica, etc. Então, estou propondo, por Emenda, junto
com um conjunto de Vereadores, este terceiro item, para as crianças já saírem
com a consulta.
Acredito que isso, Ver. Dr. Raul Torelly, possa
criar um encadeamento muito importante para que as nossas crianças não sejam
prejudicadas ainda mais por nascerem com uma deficiência. Muitas crianças com
deficiência, se estimuladas precocemente, constroem autonomia, qualidade de
vida e capacidade de desenvolver ao máximo a sua potencialidade.
Uso meu último minuto para tratar do tema “greve
dos municipários da Saúde” para registrar aos senhores e senhoras que é a
primeira vez na história dos municipários que o seu ponto é descontado, e isso
não é pequeno. Ver. João Antonio Dib, eu queria que V. Exª lembrasse disto:
nós, os municipários, já fizemos muitas greves, e é simbólico, para o respeito
a uma categoria, que ela possa exercer o seu direito de greve sem punição. Uma
coisa é ela ter que mediar - e os municipários mediaram, entre vários itens,
que aceitam discutir a implantação progressiva do relógio-ponto -, mas ter o
seu salário descontado, não poder recuperar os dias parados, isso derrota uma
categoria, isso desrespeita o direito à greve, isso retira, inclusive, a
condição de a categoria se dispor a fazer uma boa negociação na sequência de
todos os itens acordados. Repito, vai ser a primeira vez na história dos
municipários, Dib. Quero voltar a fazer o apelo: acho que temos que evitar
isso, sensibilizar o Prefeito. Não é uma questão de queda de braço, não pode
ser, porque não é bom para a saúde dos munícipes. É muito bom que eles possam
receber esse atendimento, o que não receberam nesse período. Acho que temos que
voltar a fazer esse recurso ao Prefeito Municipal.
(Não revisado pela oradora.)
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para
discutir o PLL nº 119/10.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, quero saudar o Ver. Nelcir Tessaro pela iniciativa que traz no
sentido de se buscarem instrumentos, métodos e providências cautelares aos
recém-nascidos que (Lê.) “obriga os
hospitais e as maternidades situados no Município de Porto Alegre a prestarem
assistência especial às parturientes em cujos filhos recém-nascidos seja
constatada deficiência ou patologia crônica que impliquem tratamento
continuado”. Isso, já dito aqui por todos, cria exatamente o mecanismo
capaz de facilitar o tratamento, o próprio diagnóstico. Portanto, é um
adminículo ao médico, que vem e concorre exatamente na defesa do paciente, na
defesa da criança.
Então, são iniciativas altamente positivas,
mormente, Ver. Tessaro, quando se trava uma discussão na Casa sobre a sua
função, a sua importância. Dizer-se que a Casa é importante, dizer-se que a
Casa tem um papel administrativo, fiscalizatório, republicano, é muito
importante, Ver. Luiz Braz. Esta é uma Casa importante, e tenho muito medo
daqueles que depõem contra os legislativos. Legislativos são instituições da
essência da democracia. Não há democracia sem poder representativo, não há
democracia sem representação popular, e todos os que estão nesta Casa tiveram o
respaldo da população, são delegados da população. V. Exª é delegado da
população, me parece que há seis, sete anos; eu sou delegado da população
durante oito mandatos, e por aí se vai. Então, todos os que estão aqui
integrando o Legislativo Municipal são dignos da representação popular, porque
foram escolhidos pela população, trazidos pela população. Então, Ver. Nelcir
Tessaro, ficam aqui os cumprimentos pela sua iniciativa, dentre tantas outras
iniciativas que têm recebido o apoio, o debate nesta Casa. Portanto, fica aqui
a nossa homenagem ao Projeto de Vossa Excelência. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o PLL nº 119/10. (Pausa.) O Ver. Nelcir
Tessaro está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 119/10.
O SR. NELCIR
TESSARO: Srª Presidente; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras;
público que nos assiste, eu quero dizer da minha alegria por estar hoje votando
esse Projeto que eu acho de suma importância e também cumprimentá-la pela
Emenda, pois, realmente, esta Emenda contribui para que possamos justamente
aplicar o que esse Projeto assim dispõe.
Pensei nesse Projeto, Srª Presidente, justamente
porque, andando nesta Cidade, a gente vê muitas crianças e pessoas já adultas
com sequelas, com problemas de saúde que poderiam ter sido evitados se houvesse
existido uma prevenção logo após o parto, Ver. Dr. Raul, e que eles pudessem
ter um acompanhamento, pudessem chegar aos nossos postos de saúde, havendo lá
um prontuário ou um pronto atendimento, com a orientação para as mães que têm
filhos com problemas de saúde.
Sabemos que, após o parto, lá se vão as crianças
com seus pais, sendo que, muitas vezes, depois ficam sabendo que há algum problema,
mas não procuram um posto de saúde; muitas vezes, vão a um posto de saúde, mas
ali o atendimento não é para aquele problema de nascença.
A Emenda apresentada pela Verª Sofia e por outras
Lideranças justamente faz com que o primeiro atendimento seja imediato, logo
após o diagnóstico precoce que detecta a sequela, para evitar que se possa
levar o problema adiante ou para evitar que essa criança, com seus pais,
retorne ao seu lar, e a primeira consulta, o primeiro atendimento só venha a
acontecer quando for muito tarde, ou só no primeiro ou no segundo ano. Nós
sabemos que essas questões podem ser evitadas se forem atendidas imediatamente,
tão logo haja conhecimento da necessidade.
É evidente que, em nossa Cidade, temos a rede
básica de saúde, que dá essas orientações, mas precisamos também auxiliar as
pessoas que ali são atendidas a fazerem essa prevenção, para que isso seja um
hábito, uma rotina, que haja uma cartilha. Quem sabe, quando for totalmente
informatizada a rede de saúde, num posto de saúde, PSF e tal, as pessoas, com
um acesso no teclado, possam saber o que realmente ocorreu e qual o
procedimento necessário para um bom atendimento a essa pessoa com problema de
nascença.
Aqui encaminho em poucos minutos, justamente pelo
adiantado da hora, e eu agradeceria aos meus Pares a acolhida deste Projeto e a
votação favorável, porque tenho certeza de que é de suma importância para a
sociedade porto-alegrense, para todas as famílias e para a saúde de cada um.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para encaminhar a votação do PLL nº 119/10.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente; colegas Vereadores e Vereadoras;
senhoras e senhores presentes; liderança do Simpa e demais autoridades, venho
aqui, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, declinar o voto
favorável ao Projeto do Ver. Nelcir Tessaro e à Emenda nº 01, construída pelo
nosso Partido e assinada pela Verª Sofia, que dá uma complementação ao Projeto.
Além da identificação de qualquer anormalidade, sob o ponto de vista da saúde,
sendo uma patologia ou uma síndrome, o importante é iniciar imediatamente o
tratamento e as demais ações que devem ser feitas nessas crianças. Hoje nós
sabemos que, em muitas síndromes como, por exemplo, a Síndrome de Down, se a
criança for assistida desde os primeiros momentos em que for identificada a
síndrome, ela consegue se desenvolver tal qual qualquer outra criança,
inclusive nas atividades de formação escolar, até a universidade. Portanto, é
importantíssimo esse Projeto, o qual votaremos favoravelmente.
Sobre o debate que esta Casa enfrentou e vem
enfrentando sobre a questão da Saúde, quero falar à direção do Simpa e ao Ver.
João Antonio Dib, para dizer que recebemos, mais uma vez, o conflito
relacionado aos trabalhadores da Saúde, porque, na verdade, quando votamos o
Projeto dos médicos, nós fizemos um acordo nesta Casa. O Ver. João Antonio Dib
ficou responsável, e eu fiquei de acompanhar e fazer uma discussão com as categorias
da Saúde para se construir o Plano de Carreira dos trabalhadores da Saúde e,
consequentemente, para todos os trabalhadores de Porto Alegre. Foi feita uma
reunião aqui, no Salão Nobre, sendo que a segunda reunião não aconteceu.
Portanto, quero registrar aqui que, de nossa parte, essa agenda tem que
continuar. Espero do Líder do Governo, o Ver. João Antonio Dib, que possamos
dar continuidade, porque, amanhã, estourará outro problema relacionado à
funcionalidade, e, se não tivermos o plano de carreira constituído como um
processo, uma elaboração, os problemas sempre
surgirão. Portanto, Ver. João Antonio Dib, estou me referindo ao senhor
justamente sobre o acordo que fizemos, quando votamos o Projeto dos médicos, de
tratar o Plano de Carreira da Saúde como um todo, e nós fizemos uma reunião e
não houve a continuidade.
Então, coloco isso
aqui, porque me sinto responsável por este tema também - e a Direção do Simpa
ali está -, porque, se não for tratado isso a médio prazo, o problema sempre
vai continuar. Portanto, esta é uma disposição aqui e, Ver. Tessaro, a Bancada
do PT votará favoravelmente ao seu Projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr.
Raul Torelly está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 119/10.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; todos os que nos assistem, eu venho encaminhar, em nome da
Bancada do PMDB, favoravelmente, como não poderia deixar de ser, ao Projeto do
Ver. Nelcir Tessaro e à Emenda que qualifica, com certeza, o atendimento dessas
crianças com problemas, das parturientes, da família como um todo. Nós temos
que, na realidade, valorizar a família, onde realmente o núcleo social
acontece. Quanto mais famílias bem cuidadas, integradas, nós vamos ter uma
sociedade sempre com melhor qualidade de vida, com melhores condições de darmos
educação, de darmos afeto, de darmos carinho para as crianças, enfim, saúde,
tudo o que nós temos que ter e que, necessariamente, não depende apenas do
Poder Público, porque, na realidade, essa é uma dinâmica que envolve a
sociedade e envolve também o Poder Público. Essa Emenda, basicamente, faz com
que aquelas crianças que saem numa condição de risco, de dificuldades, de
problemas, já tenham marcadas, junto à rede básica, a rede especializada de
saúde, a sua primeira consulta, para que haja realmente uma análise profunda
desses casos, para que haja a prevenção e um atendimento mais precoce possível,
para que nós possamos influenciar positivamente a vida dessa criança, dessa
mãe, dessa família.
Quanto à questão já
levantada em relação à greve, à questão da Saúde, acredito que existem bons
indicativos de solução. As coisas estão indo com uma certa lentidão, mas já tem
mais um indicativo positivo, apesar de não ser, necessariamente, o que os
funcionários realmente desejam, mas o Prefeito já demonstra, através do nosso
Líder, o Ver. João Antonio Dib, um certo reconhecimento à questão. E nós vamos
continuar trabalhando conjuntamente, porque, na realidade, a Saúde é uma causa
de todos, não é uma causa partidária, é uma causa da qual a sociedade deve se
apropriar e deve ser cada vez mais beneficiada por nós, servidores, que,
realmente, temos que desempenhar um bom trabalho junto à rede de Saúde, seja
ela a rede básica, ou a rede de Saúde dos hospitais, enfim, para que nós
possamos avançar como sociedade.
Eu quero deixar aqui também esta mensagem: esse
Projeto, com certeza, vai ajudar todos aqueles que hoje estão numa situação de
risco nas maternidades, as parturientes, as crianças. E como não poderia deixar
de ser, o PMDB traz o seu apoio sempre para as causas que vão melhorar o
convívio, a vida social, para o bem-estar de todos. Obrigado. Saúde para todos.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 119/10.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº 119/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. DJ Cassiá, convido os Líderes para recebermos o Sindicato dos
Municipários no Salão Nobre, e eu vou me deslocar para fazer isso. Obrigada.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Solicito abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Professor
Garcia. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Dezenove Vereadores presentes. Há quórum.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0825/11 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 006/11, que
desafeta próprio municipal e autoriza a permuta de áreas particulares
localizadas na Av. Francisco Silveira Bitencourt nos 455, 485, 547 e
567, por próprio municipal localizado na Av. Francisco Silveira Bitencourt,
parte de um todo maior sob o nº 455, ao lado do nº 485. Com Emendas nos
01 e 02.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e das
Emendas nos 01 e 02.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM em 10-08-11;
- discutiram a matéria os
Vereadores F. Melchionna e Eng. Comassetto.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em discussão o PLE nº 006/11. (Pausa.)
O SR.
REGINALDO PUJOL (Requerimento): Seria possível, Sr. Presidente, inteirar a Casa do
teor das emendas? As emendas não foram analisadas pelas Comissões, foram
dispensadas. Poderia dar conhecimento ao Plenário de qual o teor das Emendas nº
01 e nº 02? E quem solicitou?
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A CEFOR avaliou. V. Exª está requerendo ao
Plenário? Feito o registro, Ver. Reginaldo Pujol, eu vou providenciar aqui para
Vossa Excelência.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, havendo necessidade de maioria absoluta e
pelo quórum presente, eu solicito que este Projeto seja votado na próxima
segunda-feira.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Feito o
registro, Ver. João Antonio Dib. Quero informar às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores
que há dois Projetos que também precisam da maioria absoluta. Eu quero
consultar V. Exas se retiramos da priorização ou se mantemos. Eu
repito: esses Projetos necessitam de maioria absoluta.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Eu solicito a
retirada de priorização do
Requerimento nº 059/11. Não é o caso de maioria absoluta, mas, como eu
quero atender os municipários - é um momento bastante grave - e o Requerimento
é de minha autoria, eu solicito a retirada de priorização do Requerimento nº
059/11 por uma Sessão.
O SR. PROFESSOR GARCIA: A Presidente está
aqui; ela tem que presidir os trabalhos. Inverteu! Se a Presidente da Casa está
aqui presente...
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Vereador, eu
vou escutá-lo.
O SR. PROFESSOR GARCIA: É isto que eu estou
dizendo: quando chegar o seu Projeto, sim, porque, senão, nós vamos inverter.
Por que eu pedi a verificação de quórum, e alguns não entenderam? Porque a
Presidente veio aqui e disse: “Estão esperando. Gostaria de
levar os Líderes.” Nós temos que acabar com essa história de sair daqui e não
ter quórum! Tem que ter quórum, sim! Depois que terminou, marca qualquer
horário, gente!
O SR. ADELI SELL: Eu insisto, como
insisti outras vezes: basta o que nós estamos sofrendo. Hora de Sessão é hora
de Sessão, e não de tirar quórum. Eu repudio manobras para retirar quórum,
porque, depois, quem tem que dar explicação para a imprensa são aqueles que não
têm medo de falar. Também há aqueles que falam uma coisa aqui e falam outra
para a imprensa. Eu estou cansado de hipocrisia e covardia! As pessoas têm
obrigação de ficar no plenário e votar no plenário! O resto é baboseira! Eu
quero fazer esse enfrentamento com os meus colegas aqui! Quero discutir isso
segunda-feira, na Mesa Diretora, porque eu não sou palhaço para dar explicação
para a imprensa sobre coisas das quais eu não participei! Eu sou contra a
retirada de quórum para votação! E não tem conversa!
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Feito o
registro, Ver. Adeli Sell, mas nós temos quórum. Passo a presidência dos
trabalhos à Verª Sofia Cavedon.
(A Verª Sofia Cavedon
reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Srs.
Vereadores, o quórum já foi verificado e está garantido.
Foi apresentado um
Requerimento a esta Mesa, conduzido pelo Ver. DJ, de adiamento de votação do
PLE nº 006/11, de retirada da priorização.
Ver. Reginaldo Pujol,
V. Exª mantém o Requerimento?
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu
acho que algumas indignações são dirigidas a outros ouvidos que não estão aqui
presentes. Nós estamos garantindo o quórum, que é o quórum matemático, mas não
é o quórum político! Eu peço que adie essa votação para que a integralidade dos
Vereadores esteja presente para que possamos decidir sem a emocionalidade, que
seria decidir no dia de hoje, com risco da não aprovação do Projeto.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol fez o encaminhamento do Requerimento de retirada de priorização
do PLE nº 006/11. Os Srs. Vereadores que concordam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
(O Ver. Toni Proença
assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Em votação o Requerimento que solicita a
retirada de priorização de votação do Requerimento nº 059/11. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com voto o contrário do Ver. Haroldo de Souza.
(A Verª Sofia
Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 1071/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/11, que autoriza o
Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) a desafetar e alienar imóveis
de seu patrimônio.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, VIII, da LOM.
- incluído na Ordem do Dia
em 15-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão
o PLE nº 013/11. (Pausa.) O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para
discutir o PLE nº 013/11.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, estamos nos deparando com mais um Projeto sobre o qual já
fizemos um longo debate nesta Casa e construímos, num outro momento, um
consenso. Este Projeto do Executivo autoriza o Departamento Municipal de Água e
Esgoto a vender um conjunto de áreas no Município de Porto Alegre. E aqui tem
um equívoco sob o ponto de vista da gestão municipal e do objetivo dessas áreas.
Nós temos carência, no Município de Porto Alegre, de área para fazer
reassentamento dos despejados que batem aqui nesta Casa, todo dia, na CUTHAB. O
Município de Porto Alegre está tendo dificuldade de comprar áreas na região da
Cruzeiro para reassentar as famílias que ali estão. E o mesmo Município, Ver.
Adeli e Ver. Tessaro, está oferecendo, para venda, uma área ali no bairro
Glória, com 450 metros quadrados. Em 450 metros quadrados, com índice três, com
altura de até 18 metros, nós podemos colocar 20 famílias. Está oferecendo uma
área na Medianeira, com 1.150 metros quadrados. Eu acredito que é um equívoco
nós aprovarmos aqui a venda desses terrenos. Nós temos que fazer um acordo para
que esses terrenos sejam doados ou cedidos ao Departamento Municipal de
Habitação, para que possam ser desenvolvidos projetos do Minha Casa, Minha
Vida, porque o recurso existe, está na Caixa Econômica Federal, e o DEMHAB não
executa.
Aqui eu quero fazer
um relato. Ontem, pela manhã, em mais uma demanda da CUTHAB, nós fomos negociar
com o Dr. Goulart. Lá estavam o Paulinho Rubem Berta e o Alceu Brasinha
representando a CUTHAB. São 122 famílias da Morada do Bosque que têm que ser
desalojadas, com ação de despejo é do próprio Executivo Municipal. São famílias
que não têm para onde ir. Qual foi o acordo que nós fizemos? Nós vamos auxiliar
essas famílias a saírem do local, porque, para o próximo ano, está prevista a
construção da escola da região. Agora, essas famílias não podem ficar no ar,
elas têm que ser inseridas num programa habitacional.
Neste
Projeto, o DMAE está oferecendo para vender cinco áreas no Município de Porto
Alegre, todas elas localizadas em regiões nobres. Se nós pegarmos o mapa da
carência habitacional, todas elas estão inseridas nas regiões de carência habitacional.
Portanto, Líder do Governo, nós queremos aqui auxiliar a construir uma política
efetiva, para que esses próprios públicos sejam destinados às próprias
políticas municipais, nesse caso, à política de habitação, para o programa
habitacional Minha Casa, Minha Vida. O Município de Porto Alegre é um dos
Municípios que têm conseguido um dos menores desempenhos na faixa de zero a
três salários mínimos, porque há carência de áreas. Aí nós temos áreas
municipais e são vendidas. Há poucos dias, o Governo de Estado lançou um
projeto criando o Banco de Terras do Estado. Eu creio que teríamos que oferecer
uma política no mesmo sentido e construir aqui, com a base do Governo, com a
situação e a oposição, a integração dessa política, porque uma área, ali no bairro
Glória, de 1.150 metros quadrados - e todos nós sabemos que tem índice ali
naquela área, naquela região - dá para assentar aproximadamente de 50 a 60
famílias! Qual é a carência que tem hoje, Dr. Elói, na Vila Cruzeiro? O DEMHAB
está encontrando dificuldades para reassentar duas mil famílias! Portanto,
essas áreas têm que estar destinadas a esse Programa, e são muitas na região.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um
aparte?
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Eu poderia lhe dar um aparte, Ver. João Dib, mas faltam oito segundos,
a não ser que a Presidente...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O Sr. João Antonio Dib: Nobre Ver.
Comassetto, eu quero dizer a Vossa Excelência que ouvi com atenção o seu
pronunciamento e vou pedir adiamento da votação, para que eu possa, inclusive,
sugerir ao Executivo essa sua proposição.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Eu queria dizer para o senhor que nós estamos à disposição, assim como
os outros colegas, para analisarmos isso em conjunto, principalmente com as
demandas que estão na CUTHAB. Os colegas Vereadores têm recebido essa grande
demanda, e estamos tentando construir soluções.
O Sr. João Antonio Dib: Claro que o
Executivo vai me informar as razões pelas quais o DMAE está querendo vender,
porque a Exposição de Motivos não tem grandes justificativas, mas eu acho que é
possível fazer uma alteração, haver transferência para o domínio do Município,
e o DEMHAB construir.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Agradecemos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para discutir o PLE nº 013/11.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Ver. João Dib, eu pedi a atenção de V. Exª só porque eu
queria discutir esses argumentos que foram colocados aqui pelo Ver. Comassetto.
Eu acredito que esses argumentos levaram o Governo do passado a instalar a Vila
Planetário em uma área nobre da Cidade. Na minha opinião - e acho que na
opinião da maioria da sociedade -, foi um dos grandes erros que a Administração
passada cometeu.
Naquele local ali da
Vila Planetário, dias atrás, houve uma batida da Polícia, porque várias
famílias ali instaladas mexiam com drogas, coisas assim, e aquilo foi, na
verdade, um projeto menina dos olhos do Governo do passado.
Se aquela área
tivesse sido vendida, negociada, poderia gerar recursos suficientes para
beneficiar o dobro de famílias, ou cinco mil famílias - mais ou menos isso. E
aí, nós beneficiamos ali, com aquele projeto, por teimosia do Governo,
pouquíssimas famílias dentro desse argumento que está sendo esposado pelo Ver.
Comassetto aqui, desta tribuna, porque quanto àquelas áreas que o DMAE pretende
vender, muito embora seja venda do DMAE, eu acho que o projeto não determina
que esses imóveis que vão ser vendidos devem servir para assentamento ou coisas
assim, mas, se estão em área nobre - porque, afinal de contas, ali são locais
da Glória, locais da Medianeira -, eles deixam de vender para assentar famílias
lá.
O Sr. João Dib: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, V. Exª tem razão quando fala
da Vila Planetário. Eu, inclusive, entrei na Justiça, fiz a obra parar duas
vezes.
O SR. LUIZ BRAZ: Eu lembro disso.
O Sr. João
Antonio Dib: Foi um desperdício. Na Vila dos Papeleiros também, ali na Voluntários
da Pátria. Agora, esses terrenos que aqui estão propostos para desafetação - o
que é um equívoco - não têm valor maior, e acho que podem ser usados, sim, pelo
DEMHAB para a implantação de novas habitações. E eu já solicitei o adiamento,
exatamente porque vou propor ao Prefeito que faça esse acerto entre DMAE e
DEMHAB.
O SR. LUIZ
BRAZ: Ao invés de colocar à venda, fazer o assentamento de pessoas. Eu não
sei, Ver. Dib, V. Exª é o Líder do Governo, e a gente respeita muito a opinião
de V. Exª, mas acho que temos que ver os valores desses terrenos, se eles não
seriam suficientes para assentar mais famílias do que normalmente eles
assentariam ali.
O Sr. João
Antonio Dib: Não, nobre Vereador, os valores são baixos; o mais alto deles passa
pouco dos 100 mil reais. Os valores são baixos, e as áreas podem, realmente,
receber um índice razoável de habitações. E acho que a proposta do Ver.
Comassetto precisa ser considerada, sim.
O SR. LUIZ
BRAZ: Agradeço a V. Exª, Ver. Dib, o aparte.
Essa orientação, acredito que seja uma orientação
do Governo. O Ver. Dib tem um trânsito bem próximo com o Prefeito Municipal;
então, vamos aguardar esse contato para ver se, realmente, é possível se fazer
uma destinação dessas áreas em vez da venda. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de autoria
do Ver. João Antonio Dib, que solicita a retirada de priorização do PLE n° 013/11 por uma Sessão. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Aldacir José Oliboni, que solicita a retirada da priorização do PLCL nº 003/10,
que necessita de quórum qualificado para a sua votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0293/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 002/11, que revoga a
Lei nº 3.157, de 9 de julho de 1968, que declara de utilidade pública a Câmara
Júnior de Porto Alegre (CAJUPA).
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 03-08-11.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 002/11. (Pausa.)
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Eu solicito que entremos diretamente na Pauta, uma
vez que nós temos a Pauta da LDO, e nós teremos dificuldades de cumprir os
prazos.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Certo, Ver. Dib, nós podemos votar simbolicamente,
pois este é um Projeto burocrático e é o último Projeto desta Ordem do Dia.
Não há quem
queira discutir. Em votação o PLE nº 002/11. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h41min): Está encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2798/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 121/11, de autoria do
Ver. Reginaldo Pujol, que
denomina Rua João Estevão da Silva o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua Silva, localizado no Bairro Rubem Berta.
PROC.
Nº 2428/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 100/11, de autoria do
Ver. Ismael Heinen, que
denomina Rua Orestes Garcia Antonelli o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 6041, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC.
Nº 2429/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 101/11, de autoria do
Ver. Ismael Heinen, que
denomina Rua Luiz Carlos Soares de Paiva o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua 6040, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC.
Nº 2761/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 120/11, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que
declara de utilidade pública a Fundação Israelita Brasileira de Arte e Cultura
Kadima – Fundação Kadima.
PROC.
Nº 3019/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 132/11, de autoria do
Ver. Paulinho Rubem Berta, que
denomina Rua Lorena do Canto Pereira o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua T – Vila Nova Santa Rosa –, localizado no Bairro Rubem Berta.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2163/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 078/11, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que
proíbe os estabelecimentos que comercializam produtos fumígenos a expô-los ao
público.
PROC.
Nº 2971/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 030/11, que altera o art. 4º da Lei nº 11.033, de
6 de janeiro de 2011, que altera a especificação da classe de cargos de
provimento efetivo de Assistente Administrativo, constante na letra “b” – das
Especificações de Classes – do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de
1988, e alterações posteriores, e institui gratificação aos detentores de
cargos efetivos de Assistente Administrativo que menciona, e dá outras providências.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Eu vou aproveitar para discutir um Projeto do meu colega Mauro Zacher,
que proíbe os estabelecimentos de comercializar produtos fumígeros e expô-los
em displays, porque eu já falei com
ele hoje. A sua atitude é uma atitude de quem tem preocupação com a saúde,
evidentemente, como eu tenho, já que eu não sou fumante, mas há estudos
realizados, Ver. Haroldo de Souza; um deles, que eu conheço, é no Canadá. Assim
que foram proibidos os displays - e,
pasmem, o Canadá já tinha um nível razoável de pirataria em cigarros -
aumentou, e eu explico por quê.
Eu cheguei,
dias atrás, numa loja de conveniências, e tinha um display novo com os cigarros expostos; então, eu sei que daqueles
cigarros ali dispostos, qual é a marca; e tem um baita de um anúncio do
Ministério da Saúde, que diz o seguinte: “Fumar faz mal à saúde!” Está lá
escrito. Isso é muito mais educativo para que a gente deixe de fumar do que não
aparecer absolutamente nada, do que você ter o cigarro debaixo do balcão do
qual você não sabe a proveniência. A pessoa pede um cigarro, e o sujeito diz:
“Só tem esse aqui”. Aí, é o cigarro paraguaio.
Eu disse ao Ver.
Mauro - eu sento com o meu colega aqui para tomar um cafezinho e vou explicar: que tenho dados, inclusive, sobre a questão da pirataria de cigarros,
que são alarmantes.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli Sell, eu, eventualmente, tenho fumado
charuto, já fumei muito mais, mas eu já fumei cachimbo. Agora, como é que eu
posso ir a uma loja, a uma churataria, a uma tabacaria comprar o cachimbo, se
não o vejo? Seria inviável o projeto de lei do nobre Ver. Mauro Zacher. E a
diferença dos charutos? São os mais variados. Se eu quiser dar de presente ao
meu amigo Adeli Sell, que gosta de um bom charuto, como é que eu vou comprá-lo,
se não vejo o charuto?
O SR. ADELI SELL: Eu não faço campanha
para cigarro, o Haroldo sabe que eu não fumo; no máximo, como diz o Ver. João
Dib, para fazer uma farra, um charuto, mas o cigarro não, nunca. Nós sabemos
dos malefícios, médico sabe do malefício, nós sabemos que é um vício, sabemos
que é um problema. Então, é muito melhor que tenha no display, onde está escrito “Cigarro faz mal à saúde”, inclusive com
fotos. Mas vocês sabem o cigarro que está sendo vendido. O Vereador Mauro, que
é um pequeno comerciante, sabe que, se não estiver num local visível, como o
cigarro legal fica, estando debaixo do balcão, pode ser oferecido qualquer
cigarro - aí vem a pirataria, o cigarro falsificado.
A ideia foi
interessante e objetiva, mas o resultado não é bom. E acho que o Vereador vai
acabar retirando - não estou falando por ele, não tenho autorização -, mas já
comecei um debate com ele, hoje, aqui no plenário.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo o
Ofício que recebi, em nome da Câmara, do Tribunal de Contas do Estado, com o
seguinte teor: “Sirvo-me do presente para intimar Vossa Excelência do teor da
decisão cuja cópia segue em anexo, proferida pelo Exmo Sr.
Conselheiro Iradir Pietroski, nos autos do Processo nº 003031-02.00/11-5.
Atenciosamente, Conselheiro Cezar Miola, Presidente”.
O SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Srª
Presidente, por gentileza, solicito a V. Exª uma cópia do Parecer do
Exmo Conselheiro, que foi um covarde quando não quis apreciar o
nosso Processo.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sim, Ver. Alceu Brasinha, a cópia será
disponibilizada imediatamente a Vossa Excelência.
Passamos à
PAUTA ESPECIAL – DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/10 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3043/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 031/11, que dispõe sobre as Diretrizes
Orçamentárias para 2012.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
a Pauta Especial.
O SR. ADELI
SELL: Eu tenho o prazer de iniciar esse debate sobre a LDO, nesta tarde, para,
mais uma vez, Ver. Idenir Cecchim, mostrar que esta Câmara Municipal trabalha,
que há pessoas responsáveis que não se ajoelham, não se dobram, não se rendem,
e que também está aqui, por exemplo, este Vereador - há 15 anos estou aqui -
para debater a LDO, que dará as diretrizes para fazer o orçamento da cidade de
Porto Alegre. O orçamento, este ano, deve chegar próximo a 5 bilhões de reais.
Imaginem, senhoras e os senhores que estão nos ouvindo neste momento, Ver.
Comassetto, uma empresa que tem um orçamento de 5 bilhões, quanto ganharia o
seu diretor-presidente, o seu comercial, o seu financeiro, o seu jurídico? É
bom pensar nisso.
Acabei de ler o retorno que tive sobre um debate
que fiz com várias pessoas da cidade de Porto Alegre. Há muitas coisas que as
pessoas desconhecem. Como nós estamos pecando! Nós, agora, podemos falar 10
minutos sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Talvez não precise de tanto,
mas aqui eu vou usar o tempo, Ver. Haroldo de Souza, para explicar algumas
coisas, porque é preciso que a população saiba do que nós estamos tratando. A
Prefeitura, por exemplo, fala que a prioridade é habitação. Depende do público
para quem eu vou falar agora, Ver. Dr. Raul, ele pode nos perguntar:
“Habitação? Mas não há o Programa Minha Casa, Minha Vida? Não há financiamento
da Caixa Econômica para tudo?” Há, mas o problema é o seguinte: há uma cidade
invisível que a maioria não conhece, são as favelas, das pessoas que não têm
onde morar. Por isso eu acho correto, sim, Ver. Oliboni - futuro deputado -,
fazer casa para o povo. E é por isso que a Prefeitura acerta em colocar
habitação como prioridade. Eu até achava que a Prefeitura colocaria a saúde em
segundo lugar e a educação em terceiro lugar; colocou a educação em segundo
lugar. Eu verei com mais detalhes e, talvez, em algum momento, Ver. Comassetto,
eu apresente uma emenda na prioridade da educação, lá no Orçamento, meu Líder
Mauro Pinheiro, porque faltam, de fato, escolas infantis. Faltam muitas escolas
infantis. Para as mães e os pais poderem trabalhar, entrar no mundo do
trabalho, nós precisamos, sim, priorizar a educação, especialmente a educação
infantil. Então, talvez, dessa maneira, eu vá concordar que a segunda
prioridade do Governo seja a educação, ao invés da terceira aqui colocada, que
é a saúde. E não se fala da saúde em geral. Eu fico chateado que alguns
burocratas da Prefeitura tenham perdido dinheiro do QualiSUS, fazendo com que o
Pronto Socorro tivesse uma emergência maravilhosa. Mas eu não vou debitar isso
ao Prefeito, pessoalmente; eu vou debitar isso, sim, à burocracia da
Prefeitura. Vou tentar ajudar a Prefeitura a superar e acabar com a burocracia,
mudando algumas leis municipais.
Na questão da saúde, portanto, quando vier a Peça
Orçamentária, nós temos que discutir em que item, principalmente, vão ser
colocados os recursos da Saúde. A outra questão é a Assistência Social, com a qual
também estou de acordo. Hoje, nós ainda temos um contingente grande de meninos
e de meninas de rua e, principalmente, de moradores de rua - é uma lástima
Porto Alegre conviver com essa situação. Passem, por favor, na Av. Ipiranga,
quase esquina com a Av. João Pessoa ou com a Rua Santana, à noite. Passem na
Av. Jerônimo de Ornelas, ou na Rua Riachuelo, e verão o grave problema dos
moradores de rua de Porto Alegre. Portanto, nós temos que tratar, sim, e temos
que tratar muito bem da questão da Assistência Social. Mas eu acho que uma das
diretrizes da assistência social, derivada dessa grande diretriz, tem que ser o
monitoramento das famílias que ganham o Bolsa Família, porque quem tem que
fazer esse monitoramento é a municipalidade, e não o Governo Federal.
O item VI trata do saneamento básico - DMAE; item
7, DEP. De fato, nas nossas vilas periféricas, apesar do que está sendo feito
no Pisa, que é muito importante, uma grande obra, ainda há esgoto a céu
aberto e há verdadeiros riachos em vários lugares onde o DEP não conseguiu
fazer a canalização. Para minha bela surpresa, o item VIII é o desenvolvimento
econômico, que também tem que ter derivativos, principalmente o turismo de
negócios. Aí entra um outro item vinculado à Saúde, que seria a saúde de excelência
e, evidentemente, a alta tecnologia. Esse é o tripé do desenvolvimento
econômico de Porto Alegre.
Mais adiante, o Governo Municipal, ao estruturar o
Orçamento, diz que a despesa será discriminada por programas, órgãos
executores, natureza da despesa e fontes de recursos. E trata dos programas: A
Receita é Saúde; Cidade Inovadora; Cidade Integrada; Cidade Solidária e
Participativa; Cresce Porto Alegre; Gestão Total; Lugar de Criança é na Família
e na Escola; Mais Recursos, Mais Serviços; Porto da Inclusão; Porto do Futuro;
Transforma Porto Alegre; Vizinhança Segura; Porto Alegre Copa 2014. São esses
os itens, Ver. Engenheiro Comassetto, 13 programas básicos.
Eu gostaria de tratar do item VI, que é a Gestão
Total. Não gosto dessa terminologia, porque prefiro uma gestão estratégica, que
acredito ser um conceito inovador. Para que haja uma gestão estratégica - como
eu digo: mais governo, mais eficiência -, nós deveríamos discutir o conceito de
gestão total. Talvez eu até mude, faça uma emenda propondo gestão estratégica,
para chamar um debate ao plenário.
O item Porto da Inclusão é vasto. “Vasto, vasto
mundo”, dizia Drummond de Andrade, e eu diria: vasta, vasta cidade de Porto
Alegre, com sua modernidade suspensa. É preciso ter, de fato, um porto
ancoradouro para incluir os pobres, os desvalidos e, principalmente aqueles que
precisam da educação digital, porque hoje, no mundo moderno, se você é um
analfabeto digital, você é um analfabeto de fato.
O Programa Vizinhança Segura, eu, sinceramente,
questiono. Deve constar? Deve. Mas, neste ponto, a Prefeitura tem falhado e
deveria ter dado, na Exposição de Motivos, algumas explicações para os limites
de alguns dos seus programas.
Hoje, nesta primeira discussão, levantei alguns
temas da nossa Lei de Diretrizes Orçamentárias, para que, neste plenário, neste
fim de tarde de quarta-feira, depois de muitos tumultos, idas e vindas, nós
possamos fazer um debate civilizado, Haroldo, explicar para as pessoas o que é
uma Lei de Diretrizes Orçamentárias e que essa, sim, é a base de formatação do
nosso Orçamento, e que nós, os Vereadores, somos responsáveis por, nada mais,
nada menos, do que o babilônico orçamento de R$ 5 bilhões. Por isso nós
trabalhamos, por isso nós lutamos e por isso queremos o bem da cidade de Porto
Alegre. E fazer política com a cara limpa, com o coração aberto e sem
hipocrisia é uma meta nossa. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): Peço ao Ver. Adeli Sell que assuma a presidência
dos trabalhos para que eu possa fazer a minha manifestação.
(O Ver. Adeli Sell assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Toni Proença está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. TONI
PROENÇA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ver. Idenir Cecchim, Ver. Engenheiro
Comassetto, Ver. Aldacir Oliboni, que nos ouve atentamente na plateia; senhoras
e senhores, ao tomar contato com o Projeto que dispõe sobre as Diretrizes
Orçamentárias, vi aqui que “na definição das prioridades de que trata o caput estão consideradas as decisões do
Orçamento Participativo, eleitas na seguinte ordem,” e aí vem: habitação, como
já discorreu aqui o Ver. Adeli Sell; assistência social; educação;
pavimentação; saúde, em quinto lugar; em sexto lugar, saneamento básico; em
sétimo lugar, está a cultura, que é onde quero me ater. Nós estamos ultimando
hoje, num grupo de trabalho determinado pelo Prefeito José Fortunati, o Plano
Municipal do Livro e Leitura, do qual faz parte esta Câmara de Vereadores,
através da Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura; faz parte a Secretaria de
Governança, a Secretaria Municipal de Educação, a Secretaria Municipal de
Cultura, a PROCEMPA e também entidades da sociedade civil que trabalham com o
livro e a leitura.
Eu sou avesso a emendas ao Orçamento, uma vez que
acredito no trabalho, concordo com o trabalho e tenho por princípio aceitar as
determinações do Orçamento Participativo, principalmente porque as populações
se mobilizam, frequentam as assembleias, discutem nos fórum regionais e fazem
as suas demandas. Mas, conversando com a comunidade cultural de Porto Alegre,
também com o Secretário Sergius Gonzaga, chegamos à conclusão de que é preciso
que façamos uma emenda que dote e que tenha uma reserva orçamentária para o
Plano Municipal do Livro e Leitura, que seguramente será encaminhado a esta
Câmara ainda este ano e que precisará, no ano que vem, portanto, ter uma
reserva orçamentária para que possamos implantá-lo na cidade de Porto Alegre.
Esta era a manifestação, Ver. Mauro Pinheiro, que
eu queria fazer. É importante que esta Casa possa reservar um pequeno valor,
não precisa muito, mas que se abra e se inicie, a partir do ano que vem, a
rubrica que possa financiar as políticas púbicas de incentivo ao livro e à
leitura que serão preconizadas pelo Plano Municipal, cuja lei certamente virá
para esta Câmara ainda este ano. E aprovada a lei, a partir do ano que vem,
teremos a possibilidade de implantar as políticas públicas determinadas por
esse Plano Municipal do Livro e Leitura. Para que a gente possa executar as
políticas públicas preconizadas pelo Plano, é importante que haja um orçamento
específico para isso.
Portanto, eu exorto os Vereadores todos a que a
gente milite nessa causa, para que a gente possa dar consequência a esse Plano
Municipal do Livro e Leitura que foi construído pela Prefeitura, pela Câmara,
pela sociedade, em várias reuniões e assembleias, inclusive com Audiência
Pública nesta Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Toni Proença reassume a Presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Ver. Toni, Ver. Cecchim, Ver. Oliboni, Ver. Adeli Sell, venho aqui falar
dessa LDO. A Fazenda faz uma previsão de estabilidade para os próximos anos de
2012 e 2013, de que a economia não vai crescer, e, surpreendentemente,
aumenta-se o valor do investimento em 100 milhões de reais para o ano de 2012.
Pois bem, se não vai crescer, de onde vão sair os 100 milhões de reais, Ver.
Cecchin, se a economia vai estabilizar, segundo as previsões da Fazenda?
Uma segunda questão é, além disso, aumentar a
previsão de investimentos para 774 milhões de reais para o ano de 2012, se a
previsão deste ano é de 668 milhões de reais, se até agora a execução foi de
230 milhões de reais e se, historicamente, a Prefeitura não tem conseguido
passar dos 39% do valor previsto de investimento. A Prefeitura faz uma previsão
de investimento e, na hora real, ela não consegue chegar aos 40%; inclusive fiz
uma média dos últimos seis anos da Prefeitura, e essa média, Ver. Cecchim, foi
de 39%. Então, se a previsão de 2011 era de 668 milhões de reais, ela vai
chegar aos seus 40%, no máximo a 50%, não passando de 340 ou 350 milhões de
reais o investimento da Prefeitura. E ela está aumentando, ainda em 2012, para
774 milhões de reais. Com certeza, esse investimento não vai ser realizado.
Então, por que essa previsão? A Prefeitura fez bem, ela diminuiu o número de
projetos, diminuiu programas - hoje temos 13 programas -, e depois dividiu
projetos e ações. Só que a execução desses projetos não está acontecendo!
Então, na verdade, a LDO fica sendo aquele conjunto de ficção de projetos que
seriam realizados, as pessoas acabam esperando, e, depois, a realização não acontece,
diferentemente, Vereadores, daquilo que, muitas vezes, a gente escuta falarem:
“Mas no tempo do PT também não realizavam”.
Eu fiz aqui a média dos últimos seis anos de
Governo da Frente Popular, Ver. Adeli Sell, e, em média, 60% do que era
previsto em investimento eram realizados. Chegou a ser realizado 88% no ano de
2000. Então, essa é uma grande diferença! Perguntei à Fazenda por que não
acontecem esses investimentos previstos. O Dr. Ilmo acabou concordando, em
parte, com o meu raciocínio. A Prefeitura tem dois problemas: primeiro, é
prevista uma receita que, às vezes, não acontece, e acaba não havendo todo o
recurso previsto, mas pior ainda é que, na Prefeitura, ao longo dos anos,
muitos funcionários acabam se aposentando ou saindo por algum outro motivo, não
havendo reposição adequada. Com isso, a Prefeitura hoje não tem capacidade de
realizar todo o investimento previsto por falta de quadros.
Temos que fazer um debate sobre esse problema nesta
Casa, e não só por sermos oposição, Ver. Toni. Temos que rever os quadros da
Prefeitura, contratar pessoas adequadas, para que se possam desenvolver os
projetos, e é esse um dos grandes problemas que temos visto na nossa Capital.
Por que há muitos projetos da Copa em atraso, Ver. Adeli Sell? Porque faltam pessoas
qualificadas, faltam quadros de pessoal. Não que o quadro que esteja lá não
tenha qualificação, mas faltam pessoas para se poder realizar o planejamento e
a execução desses projetos. Então, temos que rever. Esta Casa não deve só
levantar os problemas, mas deve ajudar a buscar as soluções, e, do jeito que
está, não podemos realizar. Este Governo nunca teve tantos recursos disponíveis
através do Governo Federal, através dos PACs. A gente vê que obras acabam não
saindo, porque não há projeto, não há pessoas para executar ou cobrar a
execução e o planejamento dessas obras. É esse o debate que temos que fazer.
Eu já comecei a fazer o debate com a Fazenda nas
reuniões da CEFOR, e qual é o grande problema? Temos que buscar pessoas
qualificadas para esses projetos, para que a LDO não seja uma obra de ficção,
não só porque não há recurso, mas porque, muitas vezes, não há quadros
preparados para o grande volume de recursos que podemos buscar por meio do PAC,
do Governo Federal. Em obras como a da Vila Asa Branca, que tenho acompanhado,
já há um planejamento, já está prevista a obra, já há o recurso do Governo
Federal, e a obra não consegue ser alavancada! Talvez esse seja um dos grandes
problemas.
Acho que temos que avançar. Quem sabe a Prefeitura,
através de concurso público, aumente os seus quadros, para que a gente possa
buscar realmente o aproveitamento dessas verbas federais e de outras verbas,
possibilitando que se possa avançar, assim como em anos anteriores,
principalmente nos governos da Frente Popular, em que o percentual de volume
era bem maior. A cada dia que passa, a Prefeitura tem menos condições de tocar
essas obras.
Então, faço uma crítica aqui à LDO. Na verdade, a
LDO tem problemas e acaba se tornando uma obra de ficção, por não executar as
obras, mas fica um alerta. Quem sabe devamos buscar mais profissionais
qualificados, para que a gente possa aproveitar o bom momento da economia
brasileira para alcançar um desenvolvimento cada vez maior para a nossa Cidade,
criando emprego, gerando renda através de obras e de investimentos federais e
da própria Prefeitura, através da busca de mais profissionais qualificados e
uma melhora da gestão, para que a gente possa evoluir e crescer como Porto
Alegre merece. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores que estão aqui em grande número, neste
momento, o assunto é importante, eu queria cumprimentá-los
pelo interesse. Eu vejo o Ver. Adeli Sell, o Ver. Mauro Pinheiro, o Ver.
Oliboni discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que é importante. Eu
queria cumprimentá-lo, Ver. Mauro Pinheiro, pelo seu pronunciamento sensato,
sereno, preparado. Eu me orgulho de ter V. Exª como meu companheiro na Comissão
de Finanças, Orçamento e do Mercosul, por considerá-lo um empresário que se
preocupa com o destino da Cidade.
A Lei de Diretrizes
Orçamentárias realmente baliza a intenção do Governo, e eu ouvi que V. Exª fez
um levantamento dos recursos que eram usados na Administração Popular, que
tinha um índice maior. Não para fazer uma contestação, apenas para fazer uma
constatação: é que os recursos eram bem menores, então tinha que gastar isso,
tinha como gastar.
Eu queria
cumprimentá-lo também, porque V. Exª detectou que faltam técnicos para executar
o Orçamento proposto. Isso, realmente, eu diria que é grave. Nós temos que
mudar, de uma vez por todas, a visão sobre o funcionalismo municipal. Eu não vi
nenhum item e não sei se cabe uma Emenda - provavelmente sim - de que se gaste
dinheiro em qualificação, e mais: que se gaste dinheiro para desburocratizar a
Prefeitura. Muitas dessas obras não são realizadas não por falta de dinheiro,
não por falta de empresas que executem as obras, mas, muitas vezes, por falta
de bom senso, por culpa da burocracia extrema. Não é possível que os nossos
projetos, sejam eles vindos de qualquer setor, fiquem trancados, porque a
burocracia trava os projetos, trava os projetos privados, trava os projetos
públicos. Então, que se gaste dinheiro para combater a burocracia, para
combater essas pessoas que só sabem dizer não, pessoas que têm compromisso com
o atraso, que não conhecem e ficam dando palpites e pedindo documentos.
O Sr. Mauro Pinheiro:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cecchim, o
senhor falou algo importante, porque não são só os projetos públicos que têm
problemas. Nós somos procurados diariamente por pessoas, empresários que querem
construir um condomínio, um prédio, um comércio, e têm dificuldades em
conseguir uma DM, levando 90, 120 dias para saber o que ele pode construir.
Então, isso emperra o desenvolvimento da Cidade. Com certeza, nós temos que
melhorar e avançar muito na desburocratização. Muito obrigado.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Vereador. Então, nós temos que nos unir, todos os Vereadores,
de todos os Partidos, unirmos com a Cidade, com o desenvolvimento, e dizer:
chega de burocracia. Esses Tranca-Ruas, os Exus Tranca-Ruas da Prefeitura são
responsáveis por muitas vezes perdermos recursos, perdermos obras, perdermos
dinheiro, perdermos emprego, porque eles, simplesmente, não querem fazer o
Projeto andar, ou, simplesmente, por um capricho de alguém, ou é na SMAM, ou é
na SMOV, ou é no Planejamento, ou é na Saúde, ou é em algum lugar; trancam pelo
bel-prazer de ver o Projeto “dormindo” em suas gavetas. Quando um funcionário
público tira férias, o projeto também tira férias. Eu só vejo isso em Porto
Alegre: projeto tira férias junto com o seu analisador.
Então, eu acho que nós temos que cuidar para que se
execute o Orçamento em cima do bom trabalho do Município, do servidor público.
Há muitos servidores muito bons, há muito servidores que temos que olhar com
atenção; agora, quando há o abuso, nós temos que fazer alguma coisa para
prevenir e para fazer com que o Município de Porto Alegre não continue no ranking daqueles Municípios brasileiros
que mais demoram a aprovar um projeto. Não é possível se demorar tanto tempo
para se conseguir uma licença inicial de uma construção, que é dada pela SMAM.
Não é possível que se demore tanto tempo para uma DM, como V. Exª disse, no
Planejamento. Não é possível que se demore tanto para se aprovar uma planta na
Secretaria de Obras. Não tem como fazer isso. Mas também tem que passar pelo
DMAE, pelo DEP, por todas as Secretarias. Muitas vezes os nossos Secretários
são reféns de grupos que estão instalados dentro das Secretarias, que são os
Exus Tranca-Ruas da madrugada. Mas eles operaram de madrugada e operam de dia.
Então, a minha grande preocupação: que se cuide
para que se executem os orçamentos, e que se cuide da Cidade, através da
desburocratização, da fiscalização daqueles que trancam a Cidade.
Era isso, não usarei todo o meu tempo, acho o
assunto importante que nós estamos discutindo e merece mais discussão por parte
de todos os Vereadores que estão aqui, e muitos continuarão a discutir nas
próximas Sessões da nossa Câmara. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta Especial.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Toni Proença, na presidência dos trabalhos com
a presença não grande em quantidade, mas excelente em qualidade, porque quem
está aqui quer discutir conteúdo, Ver. Idenir Cecchim, meu Líder Mauro
Pinheiro, Ver. Adeli Sell e Ver. Toni Proença. Esse Projeto é um dos principais
projetos de lei que passam anualmente aqui pela Casa, que é a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, é todo o direcionamento do desenvolvimento do Município de Porto
Alegre. Eu acho importante fazer este debate, principalmente neste momento
acalorado sob o ponto de vista de quanto vale um Vereador, de quanto não vale
um Vereador. Bom, nós estamos decidindo e aprovando nada mais, nada menos do
que um Orçamento em torno de R$ 3,4 bilhões. Isso tem, sim, uma
responsabilidade pública. E o que acontece? Qualquer decisão que nós deixamos
de tomar reflete onde? Reflete nos projetos, na Cidade e na sociedade.
Eu ouvi atentamente a fala dos Vereadores que me
antecederam, Ver. Cecchim, finalmente em um tema que temos acordo aqui. O
desempenho de todos os Projetos que nós aprovamos - e falarei aqui da gestão na
qual nós temos tido papel de fazer análises críticas e propor inovações - nem
sempre temos sido ouvidos. Neste momento, o Fortunati acabou de receber o nosso
Líder, juntamente com o Ver. Adeli, para receber uma proposição sob o ponto de
vista da política dos salários dos funcionários da Saúde. Então, existe
diálogo, mas de todo o Orçamento aprovado para Porto Alegre nos últimos anos,
foi efetivado 38%. E, outro dia, quando V. Exª teceu uma crítica a mim, que eu
estava dando nota ao ex-Prefeito Fogaça, não é que eu queira dar nota, estou
dando uma nota sob o ponto de vista de quanto conseguiu executar
de todo o Orçamento que nós aprovamos para investir. Até este momento, o
Prefeito Fortunati está chegando a 30% de investimento. Como já foi dito aqui,
o primeiro item é Habitação. Agora, Porto Alegre, Ver. Toni Proença, tem ficado
aquém do desempenho dos projetos de habitação, conforme o Programa do Governo
Federal que aí está. Há outros Municípios da Grande Porto Alegre que têm tido
desempenho extremamente superior a Porto Alegre. E quais são problemas? São
vários os problemas. Um deles é a falta de terra e a falta de uma política
efetiva para a Reforma Urbana. E nós temos projetos aprovados, como o Estatuto
da Cidade, cujas ferramentas não são aplicadas para que nós possamos fazer e
efetivar uma política habitacional. Vou dar um exemplo aqui: os conjuntos
residenciais que estão sendo construídos do Programa Minha Casa, Minha Vida
estão sendo construídos “além-Restinga”. Isso significa 45 quilômetros daqui do
Centro da Cidade. Agora, daqui até a Restinga, quantos terrenos existem que são
vazios urbanos, que já têm a infraestrutura urbana, que já têm água, já têm
energia, já têm telefonia, estão nos corredores, que têm ônibus? Pô, mas tem
uma ferramenta do Estatuto da Cidade que se chama IPTU Progressivo no Tempo,
que pode ser aplicado, e os proprietários precisam apresentar em dois anos um
projeto habitacional. Senão aplicarem, o IPTU começa a crescer. Isso não é uma
punição; é uma política de desenvolvimento! Aí esses terrenos têm que entrar
para a disposição.
E a Educação? O Ver.
Adeli se referiu que o segundo item é a Educação. No mapa da Educação de Porto
Alegre, nós temos vários vazios do sistema educacional, e um deles é na
educação infantil. O maior vazio da Educação Infantil, Ver. Adeli Sell, está na
Região do Extremo-Sul. Lá não tem nenhuma escola de Educação Infantil. No ano
passado, nós aprovamos aqui uma Emenda de 700 mil reais para desenvolver o
Projeto da Escola Infantil para o Extremo-Sul. O Orçamento está chegando nos
seus últimos cinco meses, mas nós não recebemos ainda a utilização desse
recurso para a construção da Escola Infantil do Extremo-Sul. Portanto, nós
estamos aqui dando todo o apoio para que a Secretária Cleci conte com esta
Câmara, mas que consiga efetivar os projetos.
E quando se trata de
projetos, aí, sim, a Cidade está numa dependência
fantástica! É inconcebível que, para retirar uma DM, uma Declaração Municipal
do que se pode fazer num terreno, se leve até 120 dias! Isso deveria ser on-line, pela Internet, porque a DM tem
que traduzir nada mais, nada menos o que já é Lei, o que nós aprovamos no Plano
Diretor. Agora, se um arquiteto ou arquiteta recém-formada em Porto Alegre, que
vai querer desenvolver o seu escritório, que consegue com a família fazer um
projeto para a casa do tio, por exemplo, se ela ou ele leva quatro meses para
conseguir uma DM, já começa passando por incompetente na própria família! A
responsabilidade não é desse profissional, a responsabilidade é da Secretaria
Municipal de Planejamento, que monta uma burocracia, uma dinâmica da
improdutividade! As DMs têm que ser on-line.
Portanto, no Projeto que fala da inovação tecnológica para Porto Alegre, tem
que ser aplicado recurso na informatização. E que qualquer um de Porto Alegre,
profissionais ou não, possam entrar na Internet e colocar: Rua Aparício Borges,
550, identificar on-line o que pode e
o que não pode ser feito naquele terreno, o que é a base para fazer qualquer
projeto de engenharia, arquitetura e agronomia.
Então, essa dinâmica
que está instalada, a que nós já destinamos recursos - e já foram gastos alguns
milhões fazendo estudos lá na Secretaria de Planejamento e na Secretaria de
Obras e Viação - precisa ser implementada.
Digo mais, outro
desencontro: foi lançado o programa do Alvará Provisório, que significa que
aquele comércio que está irregular precisa, dentro de um ano, entrar com o
processo de regularização. A pessoa vai lá, tira o Alvará Provisório e não
consegue dar andamento na Secretaria do Planejamento e na Secretaria de Obras e
Viação para fazer a regularização efetiva desses prédios. Esse problema da
produção da Cidade é um problema sério que nós precisamos enfrentar. E aqui nos Projetos que falam do Município, num deles, uma grande
diretriz que fala é a Cidade Inovadora e a Cidade Integrada. Portanto, a Cidade
não está inovando tecnologicamente, e chamo aqui o nosso querido ex-colega, o
Ver. Newton Braga Rosa, que é Diretor da Inovapoa, pois precisamos enfrentar
esse problema. A informatização das Secretarias é uma urgência, e os projetos
habitacionais, os projetos de produção têm que estar encaixados no Cidade
Inovadora.
E o Programa Cidade
Integrada é o seguinte: o Secretário Busatto elaborou, sim, uma bela teoria da
Cidade Integrada, mas ficou, infelizmente, só na teoria, porque as Secretarias
não se comunicam. A Secretaria do Meio Ambiente continua não se comunicando com
a Secretaria do Planejamento, que, por sua vez, não se comunica com a SMOV,
que, por sua vez, não se comunica com o DEMHAB.
Nós temos um problema
aqui que estamos enfrentando, por exemplo, do Morada do Bosque, com o DEMHAB. O
que o DEMHAB diz? Que não consegue dar a solução, porque precisa das matrículas
que têm que sair da Secretaria Municipal do Planejamento, e que é preciso se
reunir com a Secretaria do Planejamento para resolver o problema, a fim de ser
resolvido o problema habitacional. Isso não é problema do Legislativo, isso é
problema do Executivo, isso não é problema da comunidade. Portanto, Ver. Toni
Proença, quero aqui finalizar dizendo que considero este um dos momentos mais
importantes do debate sob o ponto de vista da análise da produção da Cidade.
Estamos aqui não só
para criticar, mas para dizer o que pode e como pode ser inovado. Então,
queremos construir um diálogo com o Projeto, que é a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, que trata, aproximadamente, do Orçamento do Município, de quase
R$ 3,5 bilhões mais os recursos que estão vindo do Governo Federal, que são na
ordem de R$ 3 bilhões até a Copa. Isso, sim, é debate e é responsabilidade
desta Casa. Um grande abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Encerrada a Pauta Especial. Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 18h28min.)
* * * * *